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Publicado em: 14/08/2018 - 12h23 Atualizado em: 14/08/2018 - 14h54 Tags: Coordenadoria da Mulher

Exposição do Castelo de Bonecas no STF é destaque da XII Jornada da Lei Maria da Penha 

Artigos produzidos pelas reeducandas da Paraíba são vendidos em menos de uma hora

De degrau em degrau, os artigos produzidos pelas reeducandas do Presídio Feminino Júlia Maranhão, no Projeto Castelo de Bonecas, estão conquistando os brasileiros. Depois de participar de eventos na Paraíba e em Pernambuco, agora foi a vez de mostrar o talento e a arte das paraibanas em Brasília, dentro da programação da XII Jornada da Lei Maria da Penha, realizada nos dias 9 e 10 de agosto (quinta e sexta), na sede do Supremo Tribunal Federal (STF). A exposição aconteceu na sexta (10), a partir das 9h, e os produtos foram vendidos em menos de uma hora.

As informações foram prestadas pela juíza Graziela Queiroga Gadelha de Sousa, uma das responsáveis pela Coordenadoria da Mulher em Situação de Violência do Tribunal de Justiça da Paraíba, que participou do evento representando o TJPB. “Foi um sucesso o trabalho desenvolvido pela Vara da Execução Penal da Capital, sob a coordenação da juíza Andréa Arcoverde, com as reeducandas do Presídio Feminino Júlia Maranhão. As bonecas produzidas pelas detentas foram expostas no evento e todo material produzido foi vendido em poucos minutos”, declarou.

Outro detalhe que chamou atenção do público foi o fato das bonecas exibirem a logomarca do Programa de combate à violência contra a mulher idealizado pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ) - ‘Justiça pela Paz em Casa’. 

A vice-diretora do Presídio, Márcia Estrela, a agente penitenciária, Elaine Costa, e a reeducanda Gisele Inocêncio estiveram no SFT, à frente da exposição das bonecas. “Antes mesmos que a gente conseguisse colocar as bonecas nos lugares, as pessoas já vinham, já mostravam o interesse de adquirir e de comprar. Foi de forma bastante rápida que foram vendidas duas malas de bonecas, mais de 100 peças”, relatou Márcia Estrela.

O momento de maior emoção, conforme ressaltou a juíza Graziela, foi o depoimento da reeeducanda Gisele Inocêncio, que fez a entrega de bonecas para a desembargadora Daldice Santana (representando a presidente do STF, ministra Cármen Lúcia), e à juíza auxiliar da presidência do CNJ, Andremara dos Santos, que coordenou a XII Jornada Maria da Penha. “Na ocasião, a reeducanda deu seu depoimento,  afirmando que estava muito feliz e emocinada, porque ela tinha entrado pelas portas dos fundos, no Sistema de Justiça, através da penitenciária, e, agora, estava no Supremo Tribunal Federal fazendo parte de um projeto tão bonito”, arrematou a magistrada. 

O Castelo de Bonecas é um trabalho de ressocialização desenvolvido no Presídio Feminio Júlia Maranhão, em João Pessoa. Sob a coordenação da juíza auxiliar da Vara de Execução Penal (VEP) da Capital, Andréa Arcoverde Cavalcanti Vaz, a iniciativa consiste na produção de artigos artesanais feitos pelas reeducandas da Penitenciaria,  com ênfase para a confecçaão de bonecas de pano. Conta com o apoio do TJPB por meio de suporte financeiro disponibilizado pelo Juizado Especial Criminal da Capital (Jecrim), pelo 1ª Juizado Especial Misto de Mangabeira e pela Vara de Execução de Penas Alternativas (VEPA). 

Parte dos produtos confeccionados é destinada à doação para crianças carentes, outra parte é vendida nas exposições, no Presídio Júlia Maranhão, ou pelo Instagram: @castelodebonecasjuliamaranhao.

Evento -  A XII Jornada Lei Maria da Penha teve como objetivo demonstrar a importância, o impacto e a necessidade de capacitação de cada ator do sistema de justiça criminal, para a implementação das Diretrizes Nacionais para investigação, processo e julgamento de feminicídios; para a geração de dados precisos sobre esta forma de violência de gênero; e para a garantia de efetividade da proteção assegurada pela Lei nº 11.340/2005, denominada Lei Maria da Penha. 

O evento foi voltado aos membros da magistratura estadual com atuação na área de violência doméstica e Tribunais do Júri, representantes das escolas estaduais de formação do Judiciário, Ministério Público, Defensoria Pública e Polícias Civil e Militar. Representando o Tribunal de Justiça da Paraíba os juízes-coordenadores da Mulher em Situação de Violência Graziela Queiroga Gadelha de Sousa (titular da Comarca de Lucena) e Antônio Gonçalves Ribeiro Júnior (titular do Juizado da Violência Doméstica e Familiar contra a Mulher da Comarca de Campina Grande). O juiz auxiliar da Presidência Marcial Henrique Ferraz da Cruz também participará da Jornada.


Por Eloise Elane

Fotografia: STF

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