João Benedito preside conferência de encerramento do Simpósio sobre Equidade Racial, no STJ
O presidente do Tribunal de Justiça da Paraíba, desembargador João Benedito da Silva, presidiu o painel de encerramento do 1º Simpósio Internacional pela Equidade Racial. O evento, que aconteceu em Brasília, durante dois dias, foi promovido pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ), com apoio do Conselho Nacional de Justiça (CNJ).
Antes de presidir os trabalhos, na tarde da quinta-feira (5/12), o desembargador João Benedito da Silva fez uma apresentação pessoal, falando sobre as suas origens, do orgulho de sua cor e destacando ter sido o primeiro dos oito filhos a ter uma graduação superior. O gestor do TJPB falou de sua trajetória para chegar à magistratura paraibana, destacando a falta de magistrados e magistradas negros, na sua época, participarem de concursos para a magistratura.
“Hoje eu vejo com alegria que 1.700 negros e pardos foram aprovados no último Exame Nacional da Magistratura, o Enam. Eu fui empossado como desembargador em 2010, e desde essa época até hoje só eu. Fizemos o encontro de Presidentes de Tribunais e dos 27 tribunais participantes, pasmem, só tinha eu de negro, e depois que sair da gestão não ficará nenhum, é de estarrecer”, ressaltou o desembargador João Benedito, enfatizando a necessidade de que haja oportunidade e equidade para todos.
Na mesa, participaram o presidente do STJ, o ministro Antonio Herman Benjamin, o ministro do STJ e diretor-geral da Escola Nacional de Formação e Aperfeiçoamento de Magistrados, Benedito Gonçalves, a ministra substituta do Tribunal Superior Eleitoral, Edilene Lôbo, e a professora e diretora da Faculdade de Direito da Universidade de Colorado Boulder, Lolita Bucker Inniss.
O 1º Simpósio Internacional pela Equidade Racial reuniu, durante dois dias, magistrados e autoridades da África do Sul, dos Estados Unidos e do Brasil, estudiosos e representantes do Poder Judiciário brasileiro, do americano e do africano, onde trocaram experiências em relação às políticas públicas e estratégicas voltadas à promoção da equidade racial no Brasil.
Por Lila Santos com informações do STJ e CNJ










