Tribunal Pleno aprova por unanimidade votos de profundo pesar pelo falecimento do professor e poeta Vanildo Brito
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por Evandro da Nóbrega,
coordenador de Comunicação Social do Judiciário paraibano
Ao abrir a sessão matinal do Tribunal Pleno, nesta quarta-feira, 23 de julho, o presidente do TJ-PB, desembargador Antônio de Pádua Lima Montenegro, propôs voto de profundo pesar pelo falecimento do defensor público aposentado, poeta e professor Vanildo Brito.
Essa propositura foi acompanhada, de maneira unânime, pelos demais membros da mais alta Corte de Justiça do Estado; pelo representante da OAB-PB (Ordem dos Advogados do Brasil, seccional da Paraíba); e pela representação do Ministério Público no Tribunal Pleno.
QUEM ERA VANILDO
Um dos grandes nomes da vertente que poderíamos chamar de clássico-moderna da poesia paraibana, Vanildo Brito era um dos representantes — e, na verdade, o mentor — da chamada Geração ’59, que movimentou a Literatura do Estado por várias décadas.
Também se destacou como editor do Correio das Artes e, principalmente, como autor de vários livros de poemas, dentre os quais se ressaltam A construção dos mitos e Selecta Carmina.
POESIA LATINA
Recorde-se que, há alguns meses, o Salão Nobre do Palácio da Justiça foi palco do lançamento de um livro de poemas selecionados do professor, escritor e poeta Vanildo Brito, em parceria do Poder Judiciário com a Editora Linha d’Água, dos editores Heitor Cabral e Pontes da Silva.
O livro intitula-se Selecta Carmina/Poesia Seleta e esta obra, a partir do próprio título, já revelava o pendor que Vanildo tinha pela língua latina — da qual traduziu magistralmente parte da poesia do filósofo epicurista romano Lucrécio (De rerum natura = “Sobre a natureza das coisas”).
LUCRÉCIO & EPICURO
Admirador da poética de Lucrécio (Titus Lucretius Carus, 99-55 a.C.,), o poeta paraibano, ao traduzi-lo, prestava também uma homenagem ao filósofo grego Epicuro.
Ultimamente, Vanildo Brito procurava, com a ajuda da professora, escritora e produtora cultural Petra Souto, reunir num só (e alentado) volume o principal de sua obra poética.


