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Publicado em: 07/07/2017 - 11h17 Atualizado em: 07/07/2017 - 18h36 Tags: Centenário

Centenário do desembargador Nélson Negreiros será lembrado pelo TJPB no dia 31 de julho

Tribunal de Justiça da Paraíba

O Tribunal de Justiça da Paraíba, por meio da Comissão de Cultura e Memória, vai retomar as homenagens aos desembargadores que, se vivo estivessem, completariam cem anos de idade, neste ano. O primeiro será Nelson Negreiros, no dia 31 de julho, seguido de Arquimedes Souto Maior, 4 de setembro. Em dezembro, dia 18, o homenageado será Walter Sarmento.

Segundo o advogado Felipe Deodato Negreiros (filho de Nelson Negreiros), a família vê essa homenagem do Tribunal como reconhecimento a um magistrado que honrou a Toga e a Justiça paraibana, em sua trajetória como juiz e membro da Corte de Justiça.

“Sim, recebemos a notícia com imensa alegria. Faz-me recordar algumas palavras do desembargador aposentado Miguel Levino, ditas quando da inauguração do Fórum de Mamanguape. Na oportunidade, Miguel Levino disse que 'esquecer alguém significa lançar sobre ele a última pá de cal”, disse Felipe, que falará em nome da família na solenidade do centenário do pai.

Natural de Pau dos Ferros, no Rio Grande do Norte, Nelson Deodato Fernandes de Negreiros tornou-se bacharel em Direito pela Faculdade do Estado de Alagoas, em 1947. Antes de prestar concurso para Juiz de Direito, foi promotor público em Areia Branca e chegou a exercer o cargo de Terceiro Tabelião Público em Mossoró (RN).

Em 15 de abril de 1948, Nelson Negreiros ingressou na Magistratura paraibana como juiz da Comarca de Brejo do Cruz. Em 30 de abril de 1960, Negreiros assume a desembargadoria, se aposentando sete anos depois. Exerceu o cargo de presidente do Tribunal Regional Eleitoral e faleceu em João Pessoa, em 31 de maio de 1994.

De acordo com o filho Felipe, seu pai tinha orgulho de ter feito carreira na Magistratura da Paraíba, onde constitui família com a senhora Marlene Forte Fernandes de Negreiros. “Tinha, sim, muito orgulho. Identificou-se tanto com a Paraíba que pediu para ser enterrado aqui, em solo paraibano. Interessante, mas muita gente nem acredita que minha família não tenha raízes paraibanas. Penso que resultou do quanto ele se identificava com esta terra”, comentou.

Os três filhos, Felipe, Nelson e Abílio, se formaram em Direito, influenciados pelo pai. 'Sem dúvida, o meio em que vivemos nos proporcionou e facilitou muito este caminho. No patrimônio herdado, está pra lá de bens materiais. Herdamos uma história de vida e esta ultrapassou, em muito, qualquer bem de valor econômico que ele nos deixou. Devo grande parte do que alcancei as portas que a sua história abriu. Daí dizer que o tenho muito presente em mim, muito vivo no rosto de tudo”.

Felipe Deodato ressaltou seu pai, que tinha a leitura como hábito, como um homem bem informado e, em casa, afetuoso e ligado na educação dos filhos. “Um pai bem à italiana, absorvia tudo. Exigente, via os problemas e os resolvia.”, finalizou.

Por Kubitschek Pinheiro

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