Audiência de Luiz Paes é adiada e testemunhas de defesa e acusado serão ouvidos no dia 19 de novembro
A audiência de instrução e julgamento do “Caso Aryane” marcada para às 9h desta sexta-feira (29) foi adiada para o dia 19 de novembro, também às 9h, no 1º Tribunal do Júri de João Pessoa. O motivo do adiamento, conforme a juíza substituta Ana Flávia Vasconcelos, foi um pedido formulado pelos advogados de Luíz Paes de Araújo Neto. Ele é o acusado pelo assassinato de Aryane Thays Carneiro de Azevedo, 22 anos, morta em abril deste ano.
Segundo um dos advogados de Luiz Paes, Ítalo Oliveira, a justificativa para a solicitação do adiamento foi uma viagem do advogado principal do caso para Cuiabá, onde participa de uma palestra. “Juntamos aos autos toda a documentação necessária, como reserva de hotel, o comprovante da passagem e as informações da empresa que organiza o evento, que vai até este sábado. O segundo advogado, Aluizio Lucena, está doente e juntou atestado médico”.
Luiz Paes compareceu ao 1º Tribunal do Júri e foi devidamente intimado da data e hora para próxima audiência. O mesmo aconteceu com as quatro testemunhas e dois declarantes.
Só com a conclusão da instrução, o juiz terá condições técnicas para tomar uma decisão. O julgador poderá pronunciar o réu, desclassificar o crime, absolver o acusado sumariamente ou não pronunciá-lo. Se ele optar pela pronúncia, o réu será julgado pelo Tribunal do Júri. Caso ela seja condenado, pode pegar até 30 anos de cadeia, por homicídio qualificado, conforme o Código Penal Brasileiro (CPB).
Em setembro, o juiz deu início à instrução do processo. Entre as testemunhas, foram ouvidos o policial rodoviário federal, Jácome de Alemeida e a delegada Ranielli Vasconcelos. Ela esteve no local onde o corpo foi encontrado e ouviu o estudante Luíz Neto pela primeira vez. Ranielli era a delegada plantonista no dia do crime e deu detalhes de como a jovem foi encontrada e do que foi dito no depoimento do réu. Segunda ela, o acusado se apresentou, espontaneamente, à delegacia, acompanhado do seu advogado e durante todo o interrogatório estava tranquilo.
O Caso - Aryane Thays Carneiro de Azevedo foi encontrada morta na BR-230, próxima à via Oeste, no sentido Bayeux-João Pessoa. Segundo investigação policial, ela teria morrido asfixiada por estrangulamento. Luíz Paes Neto foi indiciado por homicídio qualificado e passou dois meses em prisão preventiva. De acordo com o inquérito policial, ele foi visto conversando com Aryane e saiu com ela de carro horas antes da jovem ser assassinada.
Por Fernando Patriota