Conteúdo Principal
Publicado em: 26/05/2014 - 10h35 Atualizado em: 26/05/2014 - 14h28

Centenário de nascimento do desembargador Francisco Espínola será comemorado nesta quinta-feira no TJPB

O desembargador Francisco Floriano da Nóbrega Espínola será o próximo a ser homenageado em seu centenário de nascimento pelo Tribunal de Justiça da Paraíba, através da Comissão de Cultura e Memória do Poder Judiciário. A sessão solene será realizada nesta quinta-feira, dia 29 de maio, às 17h, no Tribunal Pleno. Ele faria cem anos no dia 4 de maio.

O magistrado Francisco Espínola, como era conhecido, foi eleito presidente do TJPB na sessão do dia 22 de janeiro de 1964, o ano revolucionário em nosso país. Ele assumiu a desembargadoria em 23 de outubro de 1959, na vaga deixada por Severino Montenegro. Espínola era Juiz da Primeira Vara da capital. Coube ao saudoso desembargador Mário Moacyr Porto saudá-lo em nome da Corte.

O médico José Mário Espínola, em nome da família, analisou como louvável a homenagem que o Tribunal presta ao seu pai, no ano do seu centenário. “É louvável a atitude do Tribunal de Justiça da Paraíba, ao resgatar a sua memória através das homenagens aos membros já falecidos. Para a nossa família, é gratificante ver o reconhecimento do grande vulto que foi Francisco Espínola para a Justiça paraibana”, declarou.

Um marco da sua administração foi a construção da Cripta Epitácio Pessoa e da construção do Fórum da Comarca de Campina Grande, “Afonso Campos”, importante realização do governador Pedro Gondim, que juntos inauguraram durante as festividades comemorativas ao centenário da Serra da Borborema.

“Na memória distante de menino, o que mais nos recordamos são: a construção da Cripta de Epitácio Pessoa; a cerimônia fúnebre do traslado dos restos mortais do Presidente Epitácio Pessoa e de sua esposa, senhora Mary Saião Pessoa; o zelo para com o uso das (poucas) benesses da função, exclusivamente para o serviço; e a preocupação do nosso pai em evitar que magistrados se envolvessem com a política, após o golpe militar”, comentou José Mário.

O médico José Mário ainda adianta que a família guarda com alegria muitos momentos tão importantes, como a notícia da eleição do pai, a posse concorrida; a crise desencadeada pelo golpe militar; as perseguições aos membros do Tribunal de Justiça, por serem pessoas honradas e independentes. “A lembrança mais intensa de nosso pai que nos vem à memória é de candura, da voz mansa, da preocupação com a evolução de cada filho”.

O magistrado Francisco Espínola passou pelo magistério. Ensinou, inicialmente no Curso de Jornalismo, que no final dos anos 1950 funcionou no Colégio Nossa Senhora de Lourdes (Lourdinas), à noite. Depois foi contratado para a Faculdade de Direito, tornando-se professor de Direito Penal.

O desembargador Francisco Espínola era casado com Margarida Nair Espínola. O casal teve 8 filhos; sendo João Espínola Neto (in memoriam) e Ivanise Vierira Espínola; Paulo Fernando (in memoriam), casado com Maria da Penha Monteiro Espínola; Francisca Luiza Espínola Zenaide, viúva de Apolonio Montenegro Zenaide (in memoriam); Humberto Pedrosa Espínola, casado com Arlette Denise Martin Espínola; Silvino Pedrosa Espínola;
José Mário Espínola, casado com Ilma Pires de Sá Espínola; Ana Candida Espínola, esposa de Arnaldo José Delgado; e Francisco Espínola Júnior, que é casado com Neila Menezes de Sá Espínola.
O seu trabalho na magistratura influenciou alguns filhos, como Francisca Luiza, que é juíza; o filho mais velho, João Espínola Neto, já falecido, que também tornou-se juiz. E Humberto e Ana Cândida, que também abraçaram a Justiça, através do Ministério Público.

“Nosso pai orientou-nos a vencer na vida pelo mérito, nos ensinando valores éticos, estimulando o senso de justiça social, o hábito da leitura, o valor da lealdade. Tendo nossa mãe Nair como apoio, com muitas dificuldades sustentou, educou e deu futuro a oito filhos. Foi um grande exemplo para nós”, arrematou José Mário em nome de toda família
Por Kubitschek Pinheiro

GECOM - Gerência de Comunicação
  • Email: imprensa@tjpb.jus.br
  • Telefone: (83) 3612-6711