Centenário do desembargador Mário de Moura Rezende será comemorado nesta quarta-feira no TJPB
O Tribunal de Justiça da Paraíba, através da Comissão de Cultura e Memória do Poder Judiciário, vai encerrar com o desembargador Mário Moura Rezende o ciclo de homenagens aos magistrados que, se estivessem vivos, teriam completado cem anos em 2014. A solenidade será nesta quarta-feira (15), às 17h, no Tribunal Pleno.
A data do aniversário do homenageado foi dia 6 de outubro. Já foram homenageados os desembargadores Luís Silvio Ramalho, Emílio Farias, Francisco Floriano da Nóbrega e Rivaldo Silveiro da Fonseca, e o ministro Abelardo de Araújo Jurema.
Para Marsélio Machado de Moura Rezende, a família agradece a iniciativa do Tribunal de Justiça, louvável e justa. “Vemos esta homenagem pertinente, uma vez que o centenário do seu nascimento é uma data bastante simbólica para fazê-la”, comentou.
O magistrado Mário Moura Rezende nasceu em Santa Rita, filho de Manoel de Moura Rezende e Julieta de Moura Rezende. Tornou-se bacharel em Direito em 1940, pela Faculdade do Recife. Foi promotor público substituto, nomeado em setembro de 1942. Ingressou na magistratura como juiz de Direito da Comarca de Pilar, nomeado em 30 de outubro de 1947. Em 1969 já estava na capital e exerceu a função de Juiz de Menores da capital.
Em 29 de novembro de 1978, o juiz Mário Moura Rezende chegou à desembargadoria e se aposentou em 11 de abril de 1984. Era um homem dedicado ao estudo, tendo publicado os livros: “Três anos de luta”, “Problemas Sociais e Jurídicos” e “Desvalorização da Criança e do Adolescente”.
“A reedição dos seus livros é um projeto que a família tem, especialmente porque o seu conteúdo é bem atual, apesar do tempo em que foram editados, principalmente, no que se refere ao livro relacionado ao Direito do Menor, intitulado Desvalorização da Criança e do Adolescente”.
Segundo o professor Marsélio Machado de Moura, embora nenhum filho tenha seguido os passos do pai, ele sempre incentivava falando da carreira de magistrado. “Ele sempre falava sobre o exercício da judicatura, sobre os desafios diários da profissão que desempenhava com muita dedicação, especialmente quando ocupou o cargo de juiz de menores da Capital”, lembra.
Quando conheceu o desembargador Mário Moura sabia que ele era um homem reservado. “Meu pai era um homem caseiro, calmo e dedicado à família, que não media esforços em ajudá-la em todos os sentidos. Ele tinha o hábito diário de leitura, bem como gostava muito de escrever artigos jurídicos e não jurídicos. A honestidade era a virtude que mais o definia”, resume o filho.
O desembargador foi casado com Selma Machado Rezende, com que teve três filhos: Marsélio, Mário Filho e Max. Apenas três netos resolveram fazer o Curso de Direito: Rodrigo, Marsélio Junior e Larissa.
Até o presente momento, segundo o filho professor Marsélio Machado de Moura Rezende, a família ainda não definiu o que será feito no seu centenário.
“Sem dúvida, pensamos em fazer alguma homenagem nesta data tão importante para todos nós familiares. O município de Santa Rita ainda não nos comunicou sobre qualquer homenagem oficial, contudo, acredito que deverá ter alguma celebração, por se tratar de um filho ilustre da cidade”, fechou
Por Kubitschek Pinheiro