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Publicado em: 26/03/2015 - 12h54 Atualizado em: 15/04/2015 - 11h20 Tags: Curso Adoção

Curso para Pretendentes à Adoção é promovido pela 1ª Vara da Infância e da Juventude da Capital

Juiz Lacet e a promotora Soraya abriram o evento

A 1ª Vara da Infância e da Juventude da comarca de João Pessoa, em parceria com a Coordenadoria da Infância e da Juventude do TJPB e a Comissão Estadual Judiciária de Adoção (CEJA), promoveu nesta quinta-feira (26) o primeiro curso deste ano para pretendentes à adoção, ocorrido na Esma, no bairro Altiplano, em João Pessoa.

O curso é um dos requisitos para os casais que estão habilitados à adoção. De acordo com o juiz Adhailton Lacet, coordenador da Infância e Juventude do TJPB, “ele tem a vantagem de trazer esclarecimentos de aspectos jurídicos legais, procedimentais, sociais, psicológicos. E conta com a participação da Defensoria Pública, Ministério Público, equipe multidisciplinar, depoimentos de casais que já passaram pelo processo e parceiros como GEAD (Grupo de Apoio à Adoção).”

Segundo a psicóloga Maria Carolina Lopes, existe hoje na Paraíba cerca de 250 casais habilitados e 44 crianças aptas para adoção, entre 5 e 17 anos.

Um dado curioso abordado pelo juiz, é que o número de pretendentes na Paraíba é maior que o número de crianças para adoção. “A dificuldade encontrada é o perfil traçado pelos pretendentes, que buscam crianças de 0 a 2 anos, com características físicas semelhantes a sua. O curso, então, procura mostrar que isso não deve ser um ponto predominante, e que busquem conviver com outras crianças acolhidas, para incentivá-los a fazer diferente da maioria.”

Um ponto levantado pela psicóloga e que explica também essa dificuldade é que muitas dessas crianças pertencem a um grupo de irmãos, e que a preferência dos casais é por um único filho.

Maria Carolina ressalta que “o curso é um momento em que os casais se sentem acolhidos, com o esclarecimento sobre o trâmite pela equipe do Judiciário e que, após isso, se tornam mais fortes para enfrentar todo o processo.”

Há casais que já fizeram o curso como etapa obrigatória e que retornam para ter esse momento de reciclagem e acolhida mais uma vez. É o caso de Cristiane e Daniel Freitas, que já possuem um filho biológico e fizeram uma adoção, mas desejam mais um. Fizeram o cadastro, a entrevista, receberam visitas da assistente social e psicóloga e participaram do curso. Emanuel foi o primeiro filho adotado há 2 anos, e hoje retornam em busca de uma menina. Para eles todo o processo se assemelha a uma gravidez e surpreenderam-se com a eficiência do serviço público.

“Quando começamos a fazer parte do processo, três anos atrás, percebemos o quanto é diferente, pois, o tratamento do assunto é realmente levado a sério e bem feito.”

O curso contou com cerca de 50 pretendentes, entre eles participantes de outras comarcas do Estado e profissionais da área, que desejam ampliar a visão dos feitos que tramitam na Vara da Infância e da Juventude. E é realizado a cada três meses, quando um número de casais é atingido.

Por Gecom-TJPB com Laíse Santos (estagiária)

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