Desembargador Marcos Cavalcanti diz que Desembargador-Presidente Antônio de Pádua “defendeu o Poder Judiciário e engrandeceu a Magistratura”
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por Evandro da Nóbrega,
coordenador de Comunicação
Social do Judiciário paraibano
Ressaltando que o desembargador-presidente Antônio de Pádua Lima Montenegro, “nos dois anos de sua gestão, defendeu o Poder Judiciário e engrandeceu a Magistratura” paraibana, o desembargador Marcos Cavalcanti de Albuquerque foi o responsável, na tarde/noite desta quarta-feira, 28 de janeiro, pela apresentação do livro Um magistrado em defesa do Judiciário, de autoria justamente do atual chefe do Poder Judiciário, durante o lançamento dos últimos itens do Plano Cultural desenvolvido pela Presidência do TJ-PB no Biênio que se encerra (2007-2009).
A solenidade de lançamento dos últimos oito itens do Programa Cultural da Mesa Diretora do Tribunal de Justiça do Estado da Paraíba ocorreu no Salão Nobre “Ministro Osvaldo Trigueiro de Albuquerque Melo”, no primeiro andar do Palácio da Justiça. É a seguinte a íntegra do discurso do desembargador Marcos Cavalcanti de Albuquerque:
Discurso do Desembargador Marcos Cavalcanti de Albuquerque, de lançamento do Livro “Um Magistrado em Defesa do Judiciário”, Volume I, do Desembargador Antônio de Pádua Lima Montenegro (28.01.2009)
Saudação às autoridades presentes.
Senhor Presidente:
Senti-me a um só tempo honrado e envaidecido ao receber o convite para fazer a apresentação do Livro “Um Magistrado em Defesa do Judiciário”, I Volume, de autoria de Vossa Excelência, obra prima de iniciativa de sua administração no bem sucedido Projeto Cultural, entre tantas outras já lançadas neste mesmo Nobre Salão que ostenta o nome do Eminente Diplomata, Político e Jurista Paraibano Ministro Osvaldo Trigueiro de Albuquerque Mello.
Imensamente feliz pela volta de Vossa Excelência do Estado de São Paulo, completamente restabelecido, após tratamento de saúde quando todos nós nos unimos em oração pedindo a Deus o seu pronto restabelecimento, para reassumir suas atividades neste Tribunal de Justiça.
Mas, referindo-me a “Um Magistrado em Defesa do Judiciário”, Volume I, de autoria do Desembargador Antônio de Pádua Lima Montenegro, contendo os discursos por ele proferidos no biênio 2007/2009, começo pela sua belíssima e atraente capa e contracapa, apresentando o frontispício do imponente prédio do Palácio de Justiça e do Anexo Administrativo, contrastando a arquitetura clássica e moderna numa simbiose perfeita que chama a atenção.
Prefaciou a obra a ilustre professora e escritora Ângela Bezerra de Castro, da Academia Paraibana de Letras e Coordenadora Administrativa da Escola Superior da Magistratura (ESMA), a Nota Editorial é do jornalista e escritor Evandro da Nóbrega, do Instituto Histórico e Geográfico Paraibano (IHGP), e a Orelha é do culto e nobre Secretário da Presidência do Tribunal de Justiça Dr. Márcio Roberto Soares Ferreira, peças clássicas lapidares de rara beleza literária. Na orelha o Dr. Márcio registrou o nome de todos os familiares do autor, evidenciando sua esposa Dra. Maria do Socorro Brasileiro Lima Montenegro, os seus pais, filhos, netos, genro e nora.
Sobre o teor do livro, não posso me aprofundar para não retirar o sabor da surpresa dos leitores, deixando para que os presentes o leiam, ruminando o estilo do português e do latim clássicos, escorreitos e inconfundíveis dos laudatórios do autor ao longo de sua profícua gestão na presidência do Poder Judiciário Paraibano.
Entrementes, não poderia omitir-me de dizer que há discursos os mais variados, iniciando pelo proferido na ocasião da eleição do autor e da sua posse na presidência do Tribunal de Justiça, nas solenidades comemorativas do Centenário da Revista do Foro, na minha posse como Desembargador deste Tribunal, bem como nas posses dos desembargadores Joás de Brito Pereira Filho e Maria das Neves do Egito. Saudando os Desembargadores Raphael Carneiro Arnaud, José Martinho Lisboa e Ridalvo Costa, por ocasião de suas aposentadorias. Saudando o Ministro Raphael de Barrros Monteiro Filho então Presidente do Superior Tribunal de Justiça e o Ministro César Ásfor Rocha, quando Corregedor do Conselho Nacional de Justiça, a ambos outorgando comendas e honrarias deste Tribunal, além de muitos outros panegíricos e laudatórios por ocasião de lançamentos de livros como os do Desembargador Flósculo da Nóbrega (Introdução do Direito e Introdução à Sociologia), do Desembargador Onildo Cavalcanti de Farias em parceria com historiador José Octávio de Arruda Mello, do Jornalista Evandro da Nóbrega sobre Heráldica e Brasões; como ainda paraninfando turmas concluintes do curso de Direito do IESP e da ESMA; e discurso por ocasião da sanção do Plano de Cargos Carreiras e Salários dos Servidores do Poder Judiciário, e o emocionado discurso ao assumir o comando do Governo do Estado da Paraíba, onde passou 15 dias e se notabilizou por sua desenvoltura ao atender a imprensa escrita, falada e televisionada, inclusive inspecionando obras do Governo do Estado, entre outros discursos importantes, só para citar alguns.
Passando uma vista breve no volume para fazer esta apresentação, pois a maioria dos discursos eu os ouvi no momento de seus pronunciamentos pelo autor, seja pelo estilo clássico do vernáculo e do latim, pelas citações bíblicas, seja pela eloqüência que ostentam em defesa do judiciário, lembrei-me dos famosos discursos do maior orador sacro da língua portuguesa, o jesuíta Padre Antônio Vieira em defesa das minorias, especialmente dos índios dizimados pela colonização portuguesa e dos judeus perseguidos pela Santa Inquisição, entre os anos de 1652 e 1661, nos Estados do Maranhão e do Grão Pará, pregando sobre as Bem-aventuranças (Mt. 5, 13-16), em sermão esplendoroso, disse o orador: “Vós sois o sal da terra. Se o sal perde o sabor, como que lhe será ele restituído? Para nada mais serve senão para ser lançado fora e calcado pelos homens. Vós sois a luz do mundo. Não se pode esconder uma cidade situada sobre uma montanha nem se acende uma luz para colocá-la debaixo do alqueire, mas sim para coloca-la sobre o candeeiro, a fim de que brilhe a todos os que estão <?xml:namespace prefix = st1 ns = "urn:schemas-microsoft-com:office:smarttags" /?>em casa. Assim, brilhe vossa luz diante dos homens para que vejam as vossas obras e glorifiquem o Pai que está nos céus”. Foi assim que o Desembargador Antônio de Pádua, nos dois anos de sua gestão defendeu o Poder Judiciário e engrandeceu a Magistratura.
O Desembargador Antônio de Pádua é homem de leitura diária, possuidor de uma vasta biblioteca é apaixonado pelo livro e latinista de escol, por isso, lembrei-me também do maior político, orador e jurista do Império Romano, que viveu antes de Cristo, o mais eloquente dos oradores romanos, Marcus Tullius Cícero que, sobre o livro disse certa vez: “Os livros são o alimento da juventude”, e, “Se temos uma biblioteca e um jardim, temos tudo”. Sobre o caráter dos homens o grande Cícero os comparou ao vinho e pronunciou esta notável frase: “Os homens são como os vinhos: a idade azeda os maus e apura os bons”.
Vossa Excelência Desembargador Antônio de Pádua Lima Montenegro, é sal, é luz e é vinho apurado, porque sabe ser bom e justo.
Que as bênçãos de Deus e Nossa Senhora das Mercês, Orago de Cuité, sua terra, caiam sobre Vossa Excelência e seus diletos familiares e toda a sua casa.
Antes de encerrar minhas palavras quero agradecer ao Desembargador Antônio de Pádua Lima Montenegro, e a sua equipe editorial da Secretaria de Comunicação Social, pela confecção e lançamento nesta ocasião das plaquetes contendo os discursos proferidos por ocasião de minha posse no cargo de Desembargador, bem assim das plaquetes com os discursos das posses dos Desembargadores Leôncio Teixeira Câmara e Maria das Neves do Egito de Araújo Duda Ferreira.
Muito obrigado a todos pela paciência que tiveram de me ouvir!