A próxima segunda-feira será diferente no Coreto da Praça da Matriz Nossa Senhora dos Remédios, na cidade de Sousa. É lá que o juiz Onaldo Queiroga vai lançar seu livro “Baião em crônicas, às 19h. Na abertura solene, Sonaly Nóbrega vai cantar o Hino Nacional. A obra tem selo da editora Prazer de Ler, do Recife.

Caberá a advogada Silvia Queiroga Nóbrega, prima do autor, fazer a apresentação da obra, seguida das palavras do magistrado. No encerramento, o público vai se deliciar com a apresentação musical de Heleninho do Acordeon e os meninos do forró.

Todo ilustrado com fotografias, o livro traz na capa um desenho primitivo de autoria do artista naif ,Clóvis Junior, e prefácio do poeta e repentista Oliveira de Panelas.

Essa história que une Onaldo a Luiz Gonzaga vem desde quando ele era menino, lá pras bandas de Pombal, onde nasceu. “Desde criança, basta folhear o livro que lá encontramos fotos minhas, em tenra idade, com um chapéu de couro branco na cabeça. Mas foi a partir de 1992 que o fã também passou a pesquisar a vida e a obra de Luiz Gonzaga”, revela.

A obra, conta o autor, é fruto de 21 anos de pesquisa. “Sem dúvida que constitui minha participação para o centenário do Rei do Baião, é uma contribuição para a cultura popular, um registro do ícone maior da cultura de raiz de um povo chamado Nordeste”.

“Não conto às vezes que fui abordado na cidade, ou via e-mail, e em solenidades, no shopping, com conversas que giram em torno dessas crônicas que venho escrevendo há muito anos”, comentou.

É tão grande essa paixão pela música de Luiz Gongaza que Onaldo tem em casa um recanto dedicado a obra do Rei do Baião. “É verdade. Aliás, já tenho tanta coisa que sinto necessidade de ampliar esse espaço. Temos livros, LPs, CDs, recortes de jornais, chapéus adquiridos em Exu( Cidade de Luiz Gonzaga), fotos e vídeos que me foram entregues pela saudosa amiga Chiquinha Gonzaga, irmã de Luiz Gonzaga”, lembrou.

Queiroga tem 120 bolachões e todos os CDs que já foram lançados, além de muitos discos em que LG canta com outros artistas. E raridades. “Tenho dois LP da década de 50, tipo bolacha mesmo. Tenho a música ´Paraíba´ cantada em japonês que me foi entregue pelo amigo José Nobre, proprietário do ´Museu de Luiz Gonzaga´ na cidade de Campina Grande, esse sim, o maior conhecedor da obra do Rei no Estado da Paraíba”.

Onaldo Querioga não se aventura a enumerar as canções de sua predileção, mas se arrisca em algumas. “Muitas. Gosto demais de Assum Preto, Tropeiros da Borborema, Andarilho, Cacimba Nova e Olha Pro Céu. Fica difícil fazer uma lista”, esclarece.

Existe no mercado mais de 28 biografias de Gonzagão. Onaldo já leu várias e considera o da francesa Dominique, a mais completa. “Não esquecendo os livros já lançados pelo paraibano Assis Ângelo”, observou.

Onaldo tem mais dois livros literários na gaveta: “Efeitos Homínios e Naturais” e “Reflexões”, que ele pretendo lançar até o final do ano.

Secom - Kubitschek Pinheiro