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Publicado em: 28/11/2011 - 12h00 Tags: Geral, Legado

Juiz que atua no mutirão criminal em Catolé do Rocha decreta prisão de quatro suspeitos de homicídios

Quatro mandados de prisão expedidos pelo Juízo da 1ª Vara da Comarca de Catolé do Rocha, na continuação da operação que foi denominada Laços de Sangue II, pela Polícia Civil do Estado da Paraíba, foram cumpridos nessa sexta-feira (25), durante o mutirão que vem sendo realizado pelo Tribunal de Justiça, em parceria com as forças de segurança do Estado. Foram presos Humberto Suassuna, Chateubriand Suassuna, Maria Lemos da Silva e Evandro Oliveira, todos suspeitos da prática de homicídio.

As prisões foram decretadas pelo Juiz Fabrício Meira Macêdo, designado para atuar na 1ª Vara da Comarca de Catolé do Rocha, que nas 03 (três) primeiras semanas do esforço jurisdicional concentrado já decretou prisões temporárias e preventivas de diversos suspeitos da autoria de crimes praticados em Catolé do Rocha. Atuam ainda no mutirão os Juízes Kéops de Vasconcelos Amaral Vieira  (Juiz Auxiliar de Campina Grande), Antônio Eimar de Lima ( Juiz Auxiliar da 1ª Circunscrição) e  Henrique Jorge Jácome de Figueiredo (3ª Vara de Patos).

Segundo o Juiz Fabrício Meira, durante o mutirão criminal os processos têm sido agilizados, com a prolação de inúmeros despachos, decisões e sentenças, de modo que o Judiciário Paraibano tem cumprido o seu papel, entregando efetivamente a prestação jurisdicional, possibilitando, dessa maneira, a pacificação dos conflitos sociais na Comarca. A Comarca de Catolé do Rocha apresenta altos índices de homicídios, muitos dos quais atribuídos à rivalidade entre famílias.

O Magistrado Fabrício Meira está à frente, ainda, das sessões do Tribunal do Júri realizadas durante o Mutirão Criminal, tendo presidido, inclusive, em um único dia, na última quinta-feira, dia 24, duas sessões relativas a processos em que os réus se encontravam presos.

O Mutirão Criminal foi instalado naquela Comarca no dia 07 de novembro, durante sessão extraordinária do Tribunal de Justiça, com a presença da maioria dos integrantes da Corte Judiciária com o objetivo de acelerar e julgar os processos criminais que tramitam nas varas criminais. O presidente da Corte, desembargador Abraham Lincoln da Cunha Ramos explicou, na oportunidade, que o mutirão é uma medida de urgência para reduzir os altos índices de criminalidade na região e normalizar a prestação juridicional e seguirá até o dia 16 de dezembro, podendo haver prorrogação pelo Tribunal de Justiça, a depender da necessidade.

De acordo com as informações da Polícia Civil do Estado, os presos, que são suspeitos de integrar grupos de extermínio, são organizados e já atuam há mais de quatro décadas, período em que teriam vitimado mais de 100 pessoas. Para o delegado regional de Catolé do Rocha, André Rabelo, a expectativa é que essa operação ponha um fim a uma guerra entre as famílias. "Esperamos reduzir significativamente os índices de crimes na região, acabando com esse ciclo de violência que perdura há décadas em Catolé do Rocha e região”, concluiu o delegado.

O delegado geral da Polícia Civil, Severiano Pedro do Nascimento, destacou a importância da operação, conseqüência de um trabalho considerado inédito na Paraíba. "Este trabalho dá continuidade à maior operação de combate ao crime organizado no sertão. Sem dúvida irá trazer grandes reflexos na região, reduzindo os índices de violência no Estado”, ressaltou.

Gecom/TJPB/gsn

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