Justiça e Curadoria do Cidadão se unem e regularizam situação de internos do Juliano Moreira
O juiz da Vara de Feitos Especiais da Capital, Romero Feitosa, revelou que a existência de grande número de internos sem registro de nascimento o levou a desenvolver o projeto de regularização. Sem documentos, os internos estavam impedidos de ser inseridos em programas que garantissem medicamentos e internamentos. “Por conta disso, não existiam condições de internamentos nem de medicamentos, trazendo sérias dificuldades para a administração da Colônia Juliano Moreira”, ressaltou.
A decisão de regulamentar os internos veio após reunião realizada com a diretoria e corpo técnico do hospital, com o juiz Romero Feitosa e a participação de representantes do Ministério Público Estadual e da Curadoria do Cidadão.
Segundo Romero Feitosa, o curador Valberto Gomes de Lira, da Cidadania, ingressou com várias ações de assentamento de nascimento. “Isso garantiu a regularização da situação jurídica desses internos, que se encontravam despidos de sua cidadania”, explica o juiz. “Foi um sucesso o trabalho, pois, além de medicamento e internamento, a ação garantiu aos mesmos assistência psicológica, psiquiátrica e médica, isso de forma integral e social”, comemora.
Romero Feitosa adiantou que esse trabalho será levado a outros grupos de pessoas que ainda não têm cidadania plena. “Hoje, minha aspiração maior é poder, um dia, levar o projeto a outras pessoas carentes, como moradores de ruas, que precisam de atendimento e medicamento, mas que lhes são negado pela falta de um documento que regularize a sua situação jurídica”, finalizou.
Por Clélia Toscano