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Publicado em: 08/04/2009 - 12h00 Tags: Geral, Legado

Maria de Fátima é escolhida vice-presidente do TJPB e toma posse no dia 17

O Pleno do Tribunal de Justiça da Paraíba indicou e homologou, por unanimidade, o nome da desembargadora, Maria de Fátima Bezerra Cavalcanti, como vice-presidente da Corte. A votação secreta foi realizada durante a sessão administrativa desta quarta-feira (8). Com sua posse histórica, marcada para à tarde do dia 17 de abril, a magistrada se torna a primeira mulher no Nordeste a assumir um cargo na Mesa Diretora de um Tribunal.

A escolha da magistrada vem em decorrência da aposentadoria do desembargador Jorge Ribeiro Nóbrega. Ainda compõem a Mesa Diretora do TJPB o desembargador, Luiz Silvio Ramalho Júnior (presidente), e o desembargador Abraham Lincoln da Cunha Ramos (corregedor-geral).
 
“Quero agradecer a cada membro deste Tribunal por essa escolha unânime. Senhor presidente, vou procurar ser uma construtora da paz e da Justiça nesta Casa, representando cada um jurisdicionado, cada servidor e cada magistrado. Vossa Excelência pode contar com minha colaboração e meu trabalho sem limite, já que estamos vivendo momentos de ajustes e transformações determinadas pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ). E toda transformação é difícil, mas com dedicação e sabedoria saberemos superá-las”, registrou Maria de Fátima.

O presidente do Tribunal, afirmou “ser uma grande honra e felicidade contar com a competência da desembargadora Maria de Fátima como membro da Mesa Diretora. A sua presteza e determinação  serão de grande valia para o sucesso desta administração”, disse Luiz Silvio Ramalho Júnior.

O decano e ex-presidente do Tribunal de Justiça da Paraíba, desembargador Antônio de Pádua Lima Montenegro, deu início às homenagens a nova vice-presidente da Corte.
 
"Desde a administração passada, que este Tribunal vive um clima de grande harmonia e paz. Como conheço a desembargadora Maria de Fátima de perto, sei que ela vai puxar para si a responsabilidade de empregar um ritmo de trabalho movido a competência, justiça e harmonia entre os magistrados e servidores desta Egrégia Casa", frisou Antônio de Pádua.

Segundo a desembargadora, Maria do Egito Duda Ferreira (Doutora Nevita),  hoje é um dia diferenciado para a Justiça estadual. Uma mulher vai assumir um dos mais importantes cargos na carreira da Magistratura. “Eu conheço a potencialidade, trabalho e sensibilidade da desembargadora Maria de Fátima e sei que fará uma grande gestão. Vossa excelência está abrindo mais uma porta para as juízes brasileiras”, comentou.

Por sua vez, o presidente da Associação dos Magistrados da Paraíba (AMPB), juiz Silveira Neto, lembrou que, na Magistratura de Primeiro Grau, as mulheres são maioria. Mas, nas cortes superiores ainda são poucas as representantes. “Neste Tribunal, duas desembargadoras representam de forma digna e competente as magistradas de primeiro grau da Paraíba. Além do conhecimento técnico, a mulher guarda toda sua sensibilidade e doçura. A desembargadora Fátima é predestinada a ser primeira; passou em primeiro lugar  no concurso da magistratura e foi a  primeira mulher a ter lugar na Corte de Justiça deste Estado.”

O procurador, José Rosendo Neto, falou em nome do Ministério Público e o defensor Levi Borges se pronunciou, na tribuna, representando a Defensoria Pública do Estado.

Durante as homenagens, o advogado, Johnson Abrantes, pela Ordem dos Advogados do Brasil - Secção Paraíba (OAB-PB), ressaltou que a desembargadora vai ter um papel importantíssimo no fortalecimento da Justiça brasileira. “Todos sabem, muito bem, o comportamento dessa grande magistrada, sempre isenta de assuntos político-partidários”, acrescentou o advogado.

A trajetória- O ingresso da desembargadora Maria de Fátima na magistratura paraibana se deu no ano de 1984. Ela foi aprovada em 1º lugar no 43º Concurso de Juiz de Direito. O começo da carreira foi como juíza da comarca de Pilões. Em 1986, atuou, em caráter provisório, como juíza plantonista e substituta na comarca de Guarabira. Depois, passou pelas comarcas de Rio Tinto, Bayeux ,Campina Grande e João Pessoa. 

A magistrada concluiu o curso de direito na Universidade Federal da Paraíba em 1978. Fez o curso de pós-graduação em Direito pela UFPB, na área de Direito Processual Civil. É autora da obra “Por uma magistratura independente” e integra a Associação Brasileira de Mulheres da Carreira Jurídica.

Ela é, também, membro da Academia Paraibana de Poesia e membro da Academia Feminina de Letras e Artes do Estado da Paraíba. Atua, ainda, como colaboradora do jornal Correio da Paraíba.

Por Fernando Patriota
 

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