"Mulher Merece Respeito” é instalado em Campina Grande e projeto deve iniciar nos bairros do Mutirão e Serrotão
O projeto iniciado na atual gestão do TJPB, começou a ser executado em João Pessoa, sob a responsabilidade da juíza Rita de Cássia Andrade, titular da Vara de Violência Doméstica e Familiar contra a Mulher da Capital. Agora, contará com a parceria da magistrada Renata Barros de Assunção Paiva (titular da Vara de Campina), que conduzirá os trabalhos pelos bairros da comarca.
Recém-chegada da 7ª Jornada da Lei Maria da Penha promovida pelo Conselho Nacional de Justiça, a magistrada Renata Assunção afirmou que o projeto não poderia ter sido implantado em melhor hora. “Voltamos cheios de ideias para implementar. Levaremos ao conhecimento do povo o teor desta lei, de forma simples e direta, mostrando a estrutura pública que existe em favor das mulheres”, declarou.
Ela informou também que já começou a agendar as visitas pela cidade e revelou que os primeiras deverão ser os bairros do Mutirão e Serrotão, ainda no mês de agosto. Estamos fazendo um levantamento junto à Polícia Militar, para sabermos as localidades onde ocorrem com mais frequência os casos de violência doméstica para começarmos por elas”, disse.
A juíza Cristina Penazzi, diretora do Fórum Afonso Campos em Campina Grande também participou do evento, em que falou sobre o orgulho da Diretoria diante da implantação do projeto Mulher Merece Respeito. “Trata-se de um trabalho belíssimo e nós só temos a agradecer pela sensibilidade da Presidência, cujas ações priorizam as demandas sociais”, afirmou.
Coube a presidente do Poder Judiciário estadual, Fátima Bezerra Cavalcante, encerrar a primeira parte da solenidade, referente aos discursos e apresentação do projeto. Em sua fala, a presidente convidou a todos a combater a “chaga social chamada violência doméstica contra a mulher”; falou sobre a importância da denúncia e principalmente do projeto, que visa conscientizar e modificar, aos poucos, uma cultura de violência instalada na sociedade.
“Uma forma de combater violências físicas, morais, psicológicas contra a mulher é justamente divulgando esta ideia preventiva de trabalho nos lares e nas famílias, para que a figura feminina seja respeitada pelos homens”. Ela acrescentou que em João Pessoa o projeto já visitou nove bairros e já colhe os frutos. “Já verificamos que mulheres e homens têm lidado de outras formas em relação à violência doméstica nestes bairros, algumas mais encorajadas para denunciar, homens mais retraídos em relação à práticas violentas”, revelou a desembargadora.
Ao final, a presidente Fátima entregou à magistrada Renata Assunção as chaves de um automóvel, que vai ser utilizado pela equipe multisciplinar nos trabalhos pelos bairros.A solenidade foi prestigiada pela Banda Marcial do 2º Batalhão da Polícia Militar da Paraíba, regida pelo maestro tenente Vanderley.
Dados – A Vara de Violência Doméstica e Familiar de Campina Grande possui atualmente 1.793 processos ativos e 980 distribuídos. Só este ano, a unidade foi responsável pela emissão de 250 sentenças, 594 decisões, 420 audiências. Foram baixados 359 feitos.
Em João Pessoa, o número de processos ativos chega a 3.343, tendo sido 137 julgados. Ao todo, foram emitidas 1.184 decisões.
Gecom/Gabriela Parente
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