Mutirão do Júri revela que existem 11,6 mil inquéritos de homicídios na Grande João Pessoa aguardando conclusão
Dentro de meta estabelecida pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ), para julgar os crimes dolosos contra a vida, o Tribunal de Justiça da Paraíba iniciou, com a cooperação da Seds, MP, OAB-PB e Defensoria Pública, o mutirão envolvendo as varas do 1º e 2º Tribunais do Júri da comarca da Capital e tribunais do júri das comarcas de Bayeux, Cabedelo e Santa Rita. O resultado dos trabalhos será analisado por auxiliar da Corregedoria Nacional de Justiça, durante visita à Paraíba em outubro.
“É necessária a conclusão dos inquéritos para que ocorra o arquivamento ou oferecimento de denúncia, garantindo que a Justiça possa cumprir o seu papel, que é o de julgar”, observa o desembargador José Aurélio da Cruz, coordenador da comissão responsável pela condução dos trabalhos do mutirão. Para tanto, o Tribunal de Justiça solicitou da Sedes e do MP dados sobre os inquéritos nas duas instituições, para que sejam apresentados ao CNJ, bem como sirvam de avaliação para a adoção de medidas que deem celeridade de tramitação.
A fiscalização do CNJ observará se a Secretaria de Estado vem mantendo atualizado o banco de dados pertinente aos mandados de prisão expedidos pela Justiça, e quais as medidas para o efetivo cumprimento das ordens judiciais. Atualmente, existem 2.130 processos cujos acusados estão foragidos.
No período de 1º de abril a 31 de agosto, foram realizadas 541 audiências pelas varas dos tribunais do júri, com 74 sessões de julgamento. Ocorreram 156 pronúncias e 103 impronúncias. Os dados apontam que aconteceu a condenação pelos júris de 41 réus e a absolvição de 30. Foram arquivados 319 inquéritos e houve a absolvição sumária de 12 acusados.
Gecom