Projeto 'Conhecendo o Judiciário' recebe alunos da Escola Papa João Paulo VI
Para os cerca de 80 alunos, o desembargador Leandro dos Santos, idealizador do projeto, explicou o funcionamento do Tribunal de Justiça e falou sobre as leis que garantem direitos iguais aos cidadãos.
Para aqueles alunos que até então acreditavam que a Justiça estava para defender os mais poderosos, o desembargador esclareceu: “As leis que protegem pessoas ricas e de maior poder aquisitivo são as mesmas das pessoas pobres, o que diferencia é que os ricos têm dinheiro para contratar bons advogados. A condição de ser pobre não significa ter um resultado negativo do que se pleiteia na justiça”, observou.
Os alunos, após a palestra, tiveram a oportunidade de fazer perguntas e tirar dúvidas sobre os vários aspectos da Justiça, que, conforme o palestrante, são indagações importantes que se façam para que sejam desmistificadas. “Eles tiveram a oportunidade de ver o outro lado, ou seja, a informação correta sobre o funcionamento do judiciário”. esclareceu.Leandro dos Santos considerou os alunos da Escola Papa Paulo VI bastante interessados em conhecer buscar os conhecimento da Justiça. “Quando se parte do desconhecimento, geralmente a crítica é injusta e não esclarece sobre o seu verdadeiro papel”, lembrou o desembargador.
Com mais de 30 anos na profissão, o magistrado foi indagado se acreditava na Justiça. “Na vida, você pode encontrar alguém que foi falho na atividade jurisdicional, mais com relação a justiça, esta é infalível e, se não confiarmos, estamos desacreditando no nosso próprio futuro”, assegurou.
Os estudantes vão poder participar, a convite do desembargador Leandro, de um outro momento a ser agendado para o mês de novembro, onde acontecerá o julgamento de um caso concreto, oportunidade em que deverão atuar como juízes da causa, para que sintam a grande dificuldade do exercício da função de julgador.
A professora Cristiane Carvalho, ao comentar o projeto, disse que os alunos estão de parabéns por que tiveram uma oportunidade ímpar, principalmente por estarem no último ano do ensino médio. “Um momento de conhecer e diferenciar seus conceitos sobre justiça, leis e democracia, que podem estar distorcidos da realidade dos fatos”, ressaltou.
Por Clélia Toscano