A Justiça vai bater em sua porta a partir do dia 8 de março – Dia Internacional da Mulher - , com um trabalho social, denominado “Justiça em seu Bairro”. O projeto, que faz parte das atividades que serão promovidas pelo Poder Judiciário no dia 8 de março, tem como tema “Harmonia e Restauração Familiar”, e será implantado inicialmente na Capital com o objetivo de prevenir a violência no lares.

O projeto foi apresentado na manhã desta terça-eira (05) pela presidenta do Tribunal de Justiça do Estado, desembargadora Fátima Bezerra Cavalcanti, e pela juíza Rita de Cássia Andrade, titular do Juizado da Violência Doméstica e Familiar da comarca de João Pessoa, que vai coordenar o projeto.

A juíza Rita de Cássia Andrade, responsável pela elaboração do projeto, explicou que “Justiça em Seu Bairro”, é antes de tudo uma ação social. “Com a implementação do projeto, a Justiça pretende se antecipar aos delitos, evitando assim o acúmulo de processos envolvendo casos de violência doméstica”, declarou.

O projeto vai contar com uma equipe de profissionais capacitados, a exemplo de médicos, psicólogos e assistentes sociais, segundo informou a juíza Rita de Cássia. Ele ressaltou que o objetivo é enfrentar na base o problema da violência no lar, cujas vítimas principais são mulheres e crianças. ”As vezes, uma conversa com um profissional evitar conflitos entre marido e mulher, entre pais e filhos”, ressaltou.

A coordenadora Rita de Cássia disse também que a Justiça, com esse projeto, vai sair do ambiente fechado dos gabinetes para se aproximar do povo, razão da existência da atividade judiciária.

“Queremos, nessa gestão da presidenta Fátima Bezerra Cavalcanti, desenvolver um trabalho preventivo. Ou seja, ir além do exercício inerente a nossa missão, ir além da função do judiciário, que é resolver as demandas que envolve todos os conflitos sociais”, enfatizou.

Rita de Cássia informou que os profissionais envolvidos no projeto vão conversar com todas as famílias dos bairros da Capital, a partir da elaboração de um levantamento prévio, com base em estatísticas que indicam maior incidência de violência contra a mulher e crianças. “O projeto vai contar também com o apoio do Ministério Público e da Secretaria de Segurança Pública”, revelou.

Gecom/Valter Nogueira