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Publicado em: 16/09/2010 - 12h00 Tags: Geral, Legado

Sentença do caso “A Chacina do Rangel” só deve ser lida na madrugada desta sexta-feira (17)

Está acontecendo, neste momento, no 5º andar do Fórum Criminal de João Pessoa, o Júri Popular do caso conhecido como “A Chacina do Rangel”. Segundo o juiz do 1º Tribunal do Júri da Capital, que preside os trabalhos, Marcos William de Oliveira, a sentença só deve sair no início da madrugada desta sexta-feira (17). Uma forte estrutura de segurança e de apoio à imprensa foi montada no prédio. No 6º andar, foram instalados dois telões para que o público acompanhe a sessão de julgamento, caso o plenário esteja com seus assentos esgotados.

Os crime ocorreu no bairro do Rangel, em João Pessoa, na madrugada de 9 de julho do ano passado. Carlos José Soares de Lima e a esposa Edileuza de Oliveira dos Santos foram presos, acusados pelas mortes dos vizinhos Moisés Soares Filho (33 anos), Divanise Lima dos Santos (grávida de gêmeos) e as crianças Raissa, Rai e Raquel, todos mortos a golpes de facão.

A Coordenadoria de Comunicação Social do Tribunal de Justiça da Paraíba se preocupou em reservar lugares exclusivos no plenário para os jornalistas previamente credenciados e contou com o apoio do juiz Marcos William. Muitos veículos de comunicação do Estado estão transmitindo o júri em tempo real. Por outro lado, soldados da Polícia Militar fazem a segurança completa de todos os ambientes do Fórum, inclusive com utilização de detectores de metais portáteis.

Antes de iniciar o julgamento, Marcos William de Oliveira alertou aos presentes que “caso houvesse qualquer manifestação contra ou a favor dos acusados, a sala do júri seria esvaziada imediatamente.” Depois que Carlos José Soares de Lima e sua esposa Edileuza de Oliveira dos Santos sentaram no banco dos réus, o magistrado fez o sorteio dos jurados para compor o Conselho de Sentença, que está formado por cinco homens e duas mulheres.

O juiz adiantou que serão ouvidas nove testemunhas, sendo três do Ministério Público e seis da defesa dos réus. A declarante será ouvida, separadamente, sem a presença do público e da imprensa.  Após, vão acontecer os interrogatórios dos acusados e os debates entre advogados de defesa e promotores de Justiça. “Em face da pluralidade de réus, serão nove horas só de debates, incluindo ai réplica e tréplica. Consequentemente, na madrugada de amanhã (sexta-feira), acredito que encerraremos este júri”, esclareceu Marcos William de Oliveira.

Um dos promotores de Justiça do caso, Alexandre Varandas, disse que vai manter os termos da denúncia. “Os acusados vão responder por cinco homídios consumados e dois tentados, por motivo fútil e torpe, que impossibilitaram a defesa das vítimas.” Também participa da acusação o promotor Edjair Luna.

Defesa – O advogado de Carlos José Soares de Lima, Jerônimo Ribeiro, afirmou que sua tese vai se basear na confissão do homicídio apenas do pai das crianças. “Em relação aos homicídios da mãe e das crianças ele nega a autoria. Em abril deste ano, meu cliente trouxe a verdade, que é justamente a negativa de autoria em relação dessas outras mortes”.

Por sua vez, o defensor público designado para defender Edileuza de Oliveira dos Santos, Agemiro Queiroz de Figueiredo, disse que vai levar à plenário a tese de que sua cliente não teve qualquer participação nos crimes.

Por Fernando Patriota

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