O Tribunal de Justiça, através da Escola Superior da Magistratura (Esma) realizou um curso de Técnicas Autocompositivas para conciliadores que atuarão no 4º Juizado Especial Cível da Capital, a partir do mês de julho. Os juízes Gustavo Procópio Bandeira de Melo e Antônio Carneiro Paiva Júnior foram os responsáveis pela capacitação, que contou com a participação de 44 alunos do curso de Direito da Unipê, que foram designados na Portaria 954/2011, assinada pelo presidente do TJPB, desembargador Abraham Lincoln da Cunha Ramos.

De acordo com Antônio Carneiro, o objetivo foi levar aos estudantes aspectos da teoria moderna de conflitos, além de outros mecanismos e habilidades para tornar as atividades dos juizados especiais cada vez mais próxima do ideal de justiça, mais célere e mais humana.

Também foram levados aos alunos outros mecanismos e ferramentas que vão facilitar o dia a dia dos conciliadores. “O conflito em si não é de todo negativo e pode ter uma percepção positiva na medida em que favorece a experiência e o crescimento das pessoas envolvidas”, explicou  o juiz .

O magistrado falou, também, sobre os aspectos mais importantes a serem levados em consideração em uma conciliação. “É preciso demonstrar que está a serviço da população e dos jurisdicionadas e demonstrar que está ali para facilitar o entendimento e mostrar que uma solução consensual, construída pelas partes, é o caminho mais viável para o conflito, sem uma sentença de juiz”.

Ainda dentro do conteúdo da temática, os candidatos foram treinados a desenvolver técnicas de percepção dos sentimentos das pessoas envolvidas em um processo judicial, identificando   divergências e convergências da conciliação.

Para o juiz Ricardo da Costa Freitas, do 4º Juizado Especial Cível da Capital, “o importante num processo de conciliação é buscar a valorização dos aspectos positivos, facilitando às partes a condução de um bom entendimento dos motivos da causa do conflito”.

Clélia Toscano