“O que vemos é que as mulheres, ao denunciar seus agressores, não estão apenas querendo dar aquele 'susto'. A realidade mudou: elas estão cada vez mais conscientes de que devem procurar a Polícia, a Justiça e o Ministério Público, quando se sentirem, efetivamente, atingidas na sua honra, na sua integridade física e psicológica”. A declaração foi feita pela juíza Rita de Cássia Martins Andrade, ao levar o projeto “Justiça em Seu Bairro – Mulher Merece Respeito” ao Loteamento Cidade Verde, no Bairro das indústria, na noite dessa quinta-feira (20).

A constatação é o resultado positivo que vem alcançando o projeto “Justiça em Seu Bairro – Mulher Merece”, do Tribunal de Justiça da Paraíba.

O evento no Cidade Verde foi aberto com duas apresentações: do grupo de Teatro da Educação de Jovens e Adultos – EJA, com a peça “Andarilho”, e do Coral do Provem. O projeto aborda aspectos importantes da Lei Maria da Penha, que protege as mulheres vítimas de violência doméstica e familiar, e busca esclarecer a comunidade sobre os seus direitos.

O projeto, que está na sua 16ª edição,  integrou a programação de abertura do III Fórum de Combate às Drogas e à Violência, promovido pela Escola Municipal de Ensino Fundamental Professora Anayde Beiriz, visitada pelo projeto, no conjunto Cidade Verde.

A juiz Rita de Cassia Andrade ressaltou, ainda, que as mulheres que hoje procuram o juizado estão cada vez mais conscientes e não mais querendo dar susto e ameaçar o companheiro. “Essa era uma forma equivocada de resolver os problemas”, enfatizou a juíza.

A presidente da Comissão em Defesa da Mulher da Assembleia Legislativa do Estado, parceira do projeto do Tribunal de Justiça , deputada Daniela Ribeiro, também esteve presente, ocasião em que ressaltou a importância da parceria “por dar oportunidade à comunidade de conhecer melhor seus direitos dentro do que prevê a Lei Maria da Penha”.

Drogas - Sobre a questão das drogas, o diretor da Escola Anayde Beiriz, professor Marcos Antônio, assim se pronunciou: “Acabamos de plantar uma semente e vamos colher os frutos da prevenção, para termos, no futuro, cidadãos livres das drogas. Esse é nosso sonho, nosso objetivo”.

O diretor falou, também, que o trabalho do Tribunal de Justiça de conscientizar as mulheres sobre a Lei Maria da Penha é “louvável, educativo e oportuno”.

O encontro aconteceu no ginásio da Escola Anayde Beiriz e contou com a presença de secretários, delegadas da Delegacia de Mulher, militares, diretores, professores, pais, alunos e moradores da comunidade, além de membros de conselhos tutelares. Também esteve presente o padre Pedro Targino, da Paróquia de São Francisco, daquela comunidade.

Gecom - Clélia Toscano