Cejusc VII promove Círculos Restaurativos de Paz em escola na Comarca de Campina Grande
O Núcleo de Justiça Restaurativa do Centro Judiciário de Solução de Conflitos e Cidadania (Cejusc) VII, de Campina Grande, promoveu, em parceria com a Prefeitura do Município, Círculos de Paz na Escola Municipal Advogado Otávio Amorim nessa segunda (7) e terça-feira (8). A coordenadora dos Cejuscs da Região de Campina Grande, juíza Ivna Mozart, atuou como facilitadora. A ação reuniu adolescentes estudantes, diretora e professores, num momento construtivo de paz. A parceria pretende levar o projeto às escolas, difundindo a cultura de paz entre o público jovem.
A magistrada explicou que o Círculo tem como objetivo a construção da paz a partir de um olhar empático do outro, quando se coloca todos os participantes num espaço seguro de fala e de oportunidade igualitária, gerando uma autorreflexão. Para tanto, a juíza ressaltou que é necessária a participação, apenas, do grupo reflexivo no momento vivido, não sendo possível a intervenção de nenhum observador.
“Foi uma experiência enriquecedora. Esses jovens que estão numa fase especial da vida, de desenvolvimento, precisam de um espaço seguro de fala em que eles possam expor sua opinião ou ter um ouvir qualificado. Proporcionar essa oportunidade a eles é, em última análise, oferecer o exercício da cidadania. A aplicação da Justiça Restaurativa no âmbito escolar é uma tendência. Visa até prevenir conflitos judicializados, visto que os jovens que são tratados adequadamente no ambiente escolar, são jovens que deixam de ingressar no sistema de justiça através da via de conflito”, afirmou a magistrada.
A gestora adjunta da escola, Ana Maria Barros de Almeida, avaliou positivamente o resultado do momento reflexivo. “Tivemos a felicidade de receber o Círculo da Justiça Restaurativa e achamos muito válido o momento. Foi uma oportunidade diferenciada de conhecer a técnica e, também, de ter um contato mais próximo com nossos alunos. Como gestoras, tivemos a chance de estabelecer um vínculo de afetividade mais estreito com o aluno, o que, muitas vezes, não é possível por causa dos afazeres diários”, colocou.
Por Carolina Correia/Ascom-TJPB