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Publicado em: 14/10/2009 - 12h00 Tags: Geral, Legado

Desembargador Antônio de Pádua se despede da Corte em sessão solene

O decano do Tribunal de Justiça da Paraíba, desembargador Antônio de Pádua Lima Montenegro, após 42 anos dedicados à  magistratura, se despediu da Corte, durante sessão solene, nesta quarta-feira (14). O magistrado se aposenta, por tempo de serviço, neste sábado (17).

Na ocasião, os desembargadores suspenderam a pauta e iniciaram uma sessão solene em homenagem ao desembargador Antônio de Pádua Lima Montenegro, onde discursaram sobre sua trajetória profissional, sua convivência com os colegas e suas ações em defesa do Judiciário e da magistratura paraibana. Discursos, lembranças, lágrimas e até poemas fizeram parte da solenidade, que teve mais de quatro horas de duração.

O procurador Doriel Veloso Gouveia discursou, em nome do Ministério Público estadual, salientando que a passagem do desembargador Antônio de Pádua pelo Judiciário servirá de exemplo a todos e que, por isso, ele será sempre lembrado.  “O Ministério Público também é um dos seus, e os seus contarão sempre com a lembrança de sua presença, como uma peça de fundamental importância que sempre foi ouvida por seus juízos seguros e sensatos”, falou ao homenageado.

O presidente da Associação dos Magistrados da Paraíba (AMPB), juiz Antônio Silveira Neto, se despediu do colega com uma frase sempre proferida pelo próprio desembargador Pádua: “Nada na vida é coincidência; tudo é providência” – dito compartilhado nos discursos de todos os colegas, em menção ao homenageado.

Já o presidente do TJ, desembargador Luiz Silvio Ramalho Júnior, além de fazer votos e aconselhamentos ao desembargador Antônio de Pádua, disse, em nome de todos, que aquela cerimônia era de transição e significava o “renascimento para uma nova etapa de vida”,  concluiu, agradecendo-o pelo exemplo e o legado deixados para a história da magistratura paraibana.

Em nome da Ordem dos Advogados do Brasil, seccional da Paraíba OAB-PB, o advogado Marcos Pires se valeu de uma história contada pelo escritor Ariano Suassuna para explicitar o carinho de todos os presentes pelo desembargador Antônio de Pádua. “Se fosse possível, doaríamos um único dia de nossas vidas profissionais para tê-lo perto de nós por mais tempo”, falou, ao finalizar seu discurso.

O secretário-geral do TJ, Robson de Lima Cananéa, ressaltou que o momento era de valorizar as amizades e os conhecimentos adquiridos ao longo da trajetória funcional: “É hora de esquecer os momentos difíceis que, com certeza, existiram, priorizando as conquistas e vitórias em detrimento dos conflitos vivenciados.”.

Ao fim da sessão, o homenageado agradeceu a cada um pelas “amadas palavras”, relembrou momentos difíceis e falou das saudades que levaria. “Levarei, hoje, a minha última lição, que me veio nas palavras do presidente Luis Silvio Ramalho Júnior: renascer!”, falou o desembargador, agradecendo, ainda, aos familiares, bem como a todo o Tribunal pelas portas sempre abertas.

Trajetória na magistratura – Natural de Cuité, Antônio de Pádua Lima Montenegro ingressou, por concurso, na magistratura em 1967.  Foi juiz das comarcas de Conceição, Serra Branca, Sousa, Picuí, Areia, Campina Grande, São João do Cariri, Monteiro, Cuité, Esperança, Pirpirituba, Alagoa Grande e João Pessoa. Em 1996, chegou, por merecimento, ao cargo de desembargador do TJPB, tendo presidido o Tribunal no biênio 2007/2008. Foi, ainda, presidente do Tribunal Regional Eleitoral (TRE-PB) e diretor da Escola Superior da Magistratura (Esma).

Por: Gabriela Parente e Clélia Toscano

 

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