O Desembargador Marcos Cavalcanti de Albuquerque lançou, na sexta-feira (15), na cidade de Itapororoca, a sua primeira novela escrita: 'A Botija -Tristão e Angélica', uma mistura de realidade e ficção ocorrida no município. A obra é a 35ª do autor, que é presidente da Comissão de Cultura e Memória do Tribunal de Justiça da Paraíba e membro da Academia Paraibana de Letras (APL). 

O lançamento contou com a presença das prefeitas de Itapororoca, Marcação e Alagoinha, Elissandra Maria Conceição de Brito, Eliselma Silva de Oliveira e Maria Rodrigues de Almeida Farias, respectivamente, do presidente da Câmara de Vereadores de Itapororoca, Rodrigo Carvalho, do diretor do Fórum Cível da Capital, juiz José Herbert Luna Lisboa, do magistrado Aluízio Bezerra Filho, dos desembargadores aposentados José Aurélio da Cruz e José Martinho Lisboa, além de autoridades da Região do Vale do Mamanguape.

O livro tem 154 páginas, divididas em 18 capítulos. A apresentação é do historiador e  presidente da Academia Paraibana de Letras, Ramalho Leite, e o prefácio da professora Socorro Aragão.

De acordo com Marcos Cavalcanti, a história sobre botija é sempre muito instigante e as pessoas gostam de ouvir, além de ter fatos interessantes. “O que se pensa é que toda história de botija é alegoria e ficção. A botija de Itapororoca é verdade e, inclusive, virou questionamento no Poder Judiciário, onde foi discutida a posse por duas pessoas e, por isso, foi matéria de grande repercussão na Capital, em 1995”, disse o desembargador-autor, acrescentando que, para construir uma história diferente, contou a obra em forma de uma novela.

O escritor ressaltou, ainda, que já há um estudo para a complementação do livro com fatos novos, como o desvendamento da alma da mulher que doou a botija. Outro projeto em análise também pelo Desembargador Cavalcaniti é uma obra a respeito de todos os governadores que administraram a província, a capitania e o governo do Estado da Paraíba, desde o tempo colonial até os dias atuais.

A prefeita Elissandra de Brito destacou a felicidade e a gratidão do resgate histórico de um fato que ocorreu na cidade de Itapororoca. “Esse era um fato do imaginário coletivo, inicialmente, e que acabou indo parar nos tribunais”, frisou a gestora. Ela agradeceu, ainda, ao escritor pela belíssima literatura onde o município figura como cenário central para a sua nova obra.

A Botija -Tristão e Angélica - O caso real do livro é uma botija que o premiado ganhou e, por medo dos espíritos e também para a botija não se encantar, convidou um pai de santo para ajudar a arrancar e dividir com ele o ouro, mas o pai de santo enganou o agricultor dono da botija e ficou com o todo o ouro e lhe entregou o caixote cheio de pedra e carvão. 

O caso foi parar na delegacia de Itapororoca, e depois do inquérito que virou processo foi parar nas mãos do promotor de Justiça e do juiz de Mamanguape. 

Por Marcus Vinícius