Desembargadora Fátima Bezerra recebe dirigentes classistas do segmento rural
Para Jair Pereira Guimarães, presidente da Associação dos Mutuários do Crédito Rural do Estado da Paraíba (AMCREPB), o encontro reforça o pedido de que os processos do Banco do Nordeste (BNB), movido contra os agricultores, sejam verificados com maior rigor.
“A gente pede ajuda a todos os colaboradores da justiça para avaliação cuidadosa da situação dos agricultores. Eles já ficam assutados quando são intimados, sofrem muito em consequência disso. O banco cobra honorários que não é pra cobrar, por exemplo, de acordo com a lei”, afirmou Jair.
O presidente da AMCREPB complementa que “as taxas de juros cobradas são ilegais, deveriam ser apenas de 3% ao ano. Isso significa que uma dívida que seria de R$ 68,99, em 20 anos chega a mais de R$ 16 mil”. Com isso, foi entregue à presidência do TJ a Carta Aberta feita pela Associação.
A presidente do TJPB afirmou que os agricultores precisam de assistência jurídica. “Eles precisam de advogados que respondam a altura. Nós temos a dificuldade de que a justiça não pode acionar o banco. Teria que existir uma maior campanha de conscientização”, sugeriu.
Na condição de presidente do Poder Judiciário, a desembargadora Fátima Bezerra reafirmou que tem interesse para que essas ações tenham celeridade.
Na ocasião também se fez presente o deputado estadual, Assis Quintans, que abordou o tema de invasão de propriedade. A visita contou, ainda, com o presidente da FAEPA, Mário Borba, e o produtor rural do município de Mulungu, José Cassiano da Cunha.
Por Karina Negreiros (estagiária)




