Desembargadores e juízes concluem curso sobre segurança institucional
Desembargadores e juízes do Tribunal de Justiça Paraíba participaram, durante o mês de novembro, do Curso de Segurança Institucional no Poder Judiciário, promovido pela Escola Superior da Magistratura (Esma), em parceria com a Escola Nacional da Magistratura (ENM). A capacitação, distribuída em duas turmas, buscou levar aos magistrados informações e noções técnicas de segurança, inclusive com relação à exposição pessoal nas redes sociais. Nesta sexta-feira (30), os alunos da segunda turma receberam ensinamentos práticos, com aulas de tiro para defesa pessoal, ministradas nas academias da Polícia Militar e da Polícia Civil do Estado, em João Pessoa.
Durante o curso, foram abordados temas como segurança institucional, medidas de proteção, segurança física e pessoal, tecnologia da informação aplicada à segurança e proteção e defesa pessoal. A capacitação conta com o apoio do Ministério Público estadual, da Secretaria de Segurança Pública e Defesa Social do Estado e da Polícia Federal.
A coordenadora do curso, juíza Michelini de Oliveira Jatobá, ressaltou que o objetivo é que o magistrado compreenda, ao final, o quão é frágil a noção de ‘sentir-se seguro’ frente ao ‘estar seguro’ de fato. “É importante que, fazendo uso dos ensinamentos repassados, passe a adotar uma conduta mais proativa quanto à sua própria segurança e a de seus familiares”, disse.
A magistrada fez, ainda, uma avaliação positiva da grade programática da formação, que discutiu desde a segurança institucional no Judiciário, até o interesse dos magistrados a respeito do assunto.
“O desenvolvimento dos temas em sala foi confiado a ministrantes de escol, muito experientes em segurança pessoal e orgânica. A absorção dos conhecimentos depende sempre do grau de curiosidade despertado entre os participantes, influenciando o modo como ele transporá para a sua própria vida aquelas lições. Neste aspecto, sinto que o alto interesse dos juízes demonstra a importância de oferecermos curso de formação continuada sobre o assunto”, enfatizou.
A coordenadora falou, também, sobre as ameças de organizações criminosas contra juízes no país. “O magistrado deve identificar o risco e a sua origem. Isso demanda uma estrutura de inteligência eficaz e proativa em torno do juiz, não dependendo apenas dele, pois integra um organismo do Estado e a ameaça a um significa uma ameaça a todos”, observou.
Por Marcus Vinícius