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Publicado em: 20/05/2025 - 15h27 Atualizado em: 20/05/2025 - 15h45 Comarca: Campina Grande

Escuta especializada e depoimento em crimes sexuais infantis são debatidos em Campina

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Juiz Perilo Lucena (esquerda) ministrou palestra

Com o tema ‘Protegendo vozes, garantindo justiça: o desafio de ouvir sem revitimizar’, o titular da Vara da Infância e Juventude da Comarca de Campina Grande, Perilo Lucena, ministrou palestra, no auditório da Uninassau. O evento, que aconteceu no dia 14 de maio, teve a finalidade de discutir sobre a escuta especializada e o depoimento especial em crimes sexuais infantis.

Segundo pontuou o magistrado, o encontro foi voltado à conscientização e ao enfrentamento dos crimes sexuais contra crianças e adolescentes, além de destacar a necessidade urgente de promover escutas e depoimentos especiais sem causar novos traumas às vítimas.

Ao ministrar a palestra, o juiz Perilo Lucena enfatizou os limites e as responsabilidades dos profissionais que atuam na rede de proteção à infância. “É preciso garantir que a escuta da criança aconteça em ambiente adequado, com profissionais preparados e apenas quando necessário, evitando repetições que podem agravar o sofrimento da vítima. O sistema de Justiça deve estar comprometido não só com o processo penal e a apuração dos fatos, mas, principalmente, com a proteção integral da criança”, ressaltou o magistrado.

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O evento contou com grande público que lotou o auditório

O professor da Uninassau e mestre em Psicologia da Saúde, Max Lira, reforçou a importância da interdisciplinaridade na condução de casos de violência sexual. “Não se trata apenas de técnica, mas de sensibilidade. A escuta protegida exige empatia, conhecimento e preparo técnico para que a fala da criança seja valorizada e acolhida, sem que ela reviva o trauma em cada depoimento”, realçou. 

Já o professor, escritor e facilitador em políticas públicas, que envolvem crianças e adolescentes, Lauro Trindade, evidenciou a urgência de se consolidar políticas públicas eficazes na proteção dos direitos do público infantojuvenil. “É dever do Estado, da sociedade e da família assegurar à criança e ao adolescente o direito à dignidade e à escuta segura. Isso deve ser uma prioridade em todos os espaços”, asseverou.

Participaram estudantes, profissionais da área jurídica, psicólogos, assistentes sociais e representantes de conselhos tutelares. 

 

Por Lila Santos

Fotos: Infância e Juventude de CG

 

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