Júri da Operação “Laços de Sangue” tem continuidade nesta terça-feira no Fórum Criminal da Capital
Os debates entre acusação e defesa das pessoas envolvidas na operação “Laços de Sangue” têm seguimento nesta terça-feira (13), a partir das 10h, no 2º Tribunal do Júri, no Fórum Criminal da Capital. Na tarde de ontem, o juiz Marcial Henrique ouviu, por meio de relatos gravados, os depoimentos de cinco testemunhas, no que diz respeito a morte de Aldo Suassuna de Sousa, vulgo ‘Mimi’, fato acontecido na cidade de Patos.
As prisões dos acusados aconteceram durante a realização de uma operação denominada “Laços de Sangue”, deflagrada em 2011 e que desarticulou uma rixa envolvendo as famílias Suassuna, Oliveira e Veras, que já perdura há mais de 20 anos, nos municípios de Catolé do Rocha e Patos.
Os trabalhos no 2º Tribunal do Júri foram iniciados na manhã de ontem, com o depoimento da senhora Maria Jackeline. No turno da tarde, foram ouvidas as irmãs Raimunda Ednalva de Mesquita, Raimunda Cleide Batista de Oliveira e Raimunda Cleonice de Mesquita Sousa, além de Vinícius e João Lustosa de Sousa, filho e marido de Cleonice.
Esse pessoal está sendo apontado como sendo os responsáveis por planejar e contratar o matador de Aldo Suassuna. O crime aconteceu no dia 25 de agosto de 2006, em frente ao Bar ‘Espetinho do Raniere’, em Patos.
Em defesa dos acusados, prestaram depoimentos Luíza Patrício de Mesquita Aspázia, Maria da Silva, Francisca das Chagas, Expedito Gomes, Francisco de Assis, José Renildo de Oliveira Pereira, Francisco Vieira, João Batista Leite da Silva. Eles foram unânimes em se referir ao acusado João Lustosa, como pessoa de bom comportamento e que nunca ouviu dizer nada contra ele com relação a violência. Afirmaram que Lustosa é uma “excelente pessoa” e que ficaram surpresos com o envolvimento de seu nome no crime.
Ainda prestaram depoimentos Claudete Martins, Expedito Gomes, Francisco de Assis, José Reinaldo, e Maria Janailma Gomes de Oliveira. Consta nos autos que Janailma foi a pessoa que teve o último contato com o suposto criminoso, o qual, antes de efetuar os disparos que matou Aldo Suassuna, esteve no Bar Espetinho do Raniere, onde teria tomado um refrigerante e deixado o local sem pagar a conta.
A Justiça também colheu o depoimento do delegado de Policia Civil de Patos, Cristiano Jacques de Lima, que presidiu as investigações e o inquérito que apura a morte de Aldo Suassuna, e que desencadeou a operação “Laços de Sangue”. O delegado disse que foi a partir do assassinato em Patos que começou a fazer a ligação com as mortes que vinham acontecendo em Catolé do Rocha e que teve como desfecho a figura de Jackeline, quando ela afirmou ser ‘careca’ o principal acusado de executar Aldo.
Gecom – Clélia Toscano



