Justiça em Seu Bairro debate Lei Maria da Penha com moradores do Cristo e Rangel
O projeto, que leva informações e conhecimentos sobre a Lei Maria da Penha, está na sua 7ª edição. Desenvolvido pelo Juizado de Violência Doméstica e Familiar contra a Mulher do Tribunal de Justiça da Paraíba, o evento foi aberto com uma apresentação especial da Orquestra de Metais e Percussão, formada por alunos da escola de ensino médio João XXIII, de Mandacaru, que executou o Hino Nacional Brasileiro.
Na abertura, a juíza Rita de Cássia Andrade, titular da 1ª vara Violência Doméstica e Familiar contra a Mulher e coordenadora do projeto, fez um balanço positivo dessa primeira etapa.“Esperamos continuar esse trabalho educativo e preventivo para que os índices de violência nas ruas, nas casas, nas famílias, nas escolas, universidade, enfim, em todo o núcleo social, onde as mulheres estejam inseridas, diminua, pois a Lei Maria da Penha veio para proteger a as vítimas dessa violência”, ressaltou.
A magistrada informou que até o final deste ano, o projeto Justiça em seu Bairro- Mulher merece respeito”, deverá acontecer em 49 bairros da Capital, levando informações a várias instituições, como igrejas, centros comunitários, universidades. A meta é realizar três palestras por bairro.
De acordo com a juíza, a presidente do Tribunal de Justiça da Paraíba, desembargadora Fátima Bezerra Cavalcanti, pretende estender o projeto aos 253 municípios paraibanos, para possibilitar que a população, ao conhecer seus direitos, e saber como denunciar seu agressor, passe a vislumbrar uma nova postura da mulher na sociedade.
O diretor do Centro de Ciências Biológicas Sociais Aplicadas (CCBSA), Francisco Jaime, considerou relevante a iniciativa do Tribunal de Justiça, em deixar sua sede e ir até os bairros, à comunidade, principalmente, por favorecer àqueles que ainda têm muito receio de chegar à Justiça para denunciar seus agressores. “Isso traz um resgate dos bairros, a aproximação da Justiça com o povo e o respeito a sua dignidade”, ressaltou o diretor.
Com relação a escola, ele considerou muito pertinente e oportuna a escolha do local e o tema. ”Recentemente tivemos aqui dois casos de violência vivenciados pela comunidade, que foram os assassinatos da professora Brigida Roseli Azevedo e da estudante do ensino médio”, ressaltou.O irmão de Brigida Lourenço (assassinada a pouco menos de um ano), Ícaro Azevedo, que lecionava naquela unidade de ensino superior, prestigiou o evento. Na ocasião Ícaro Azevedo considerou louvável o projeto, que mostra o judiciário paraibano cada vez mais perto da população, encampando cada dia mais a luta pela justiça. “A violência está em todo lugar e não procura hora, lugar nem vítimas”, observou.
Ação – O projeto foi lançado no dia 8 de março, no bairro do Rangel. Depois, visitou às comunidades do Cidade Verde, Mandacaru, Bairro dos Novaes, Valentina Figueiredo e Costa e Silva, completando assim a primeira fase, nesse período referente aos 100 primeiros dias de gestão da presidente do Tribunal de Justiça da Paraíba, desembargadora Fátima Bezerra Cavalcanti.
Gecom – Clélia Toscano