Palestra ressalta a importância do valor da adoção para pais que procuram juizados
No último sábado (22), magistrados e psicólogos se reuniram para o debate científico sobre “O cotidiano da equipe de trabalho ligada à adoção: conversas em torno do berço”, no auditório do Espaço Psicanalítico (EPSI). O evento foi idealizado pelo Tribunal de Justiça da Paraíba; Núcleo de Pesquisas em Psicanálise, Psicologia e Direito (Nupsid) e o EPSI. Os trabalhos apresentados e a troca de informações serviram como uma preparação para o Congresso Franco-Brasileiro sobre Psicanálise, Filiação e Sociedade.
Voltada para profissionais do Direito, psicólogos, assistentes sociais, pedagogos e profissionais de áreas afins, a palestra ressaltou a importância de se verificar o real significado da adoção para os pretensos pais que procuram os juizados. “Devemos constatar, à luz da psicanálise, o lugar que a criança vai ocupar no seio familiar daqueles que procuram a adoção para constituírem sua família”, informou o juiz titular da 1ª Vara da Infância e Juventude da Capital, Fabiano Moura de Moura.
Ele lembrou que entre os documentos exigidos para habilitação estão os atestados de sanidade física e mental dos adotantes. “Os psicólogos do Juizado da Infância e Juventude de João Pessoa realizam entrevistas e observações com os interessados em adotar e, quando eles verificam a necessidade, fazem um teste psicológico de forma a garantir um procedimento seguro para as crianças”.
Angelita Lucas dos Santos, jornalista e servidora da Justiça Federal, afirmou, em seu depoimento, que é importante participar destes eventos para debater e aprender como lidar com os filhos, considerando que a Psicologia é essencial para a família. “Percebo que o TJPB está se preocupando muito com a adoção. E isto está facilitando e diminuindo o tempo para a solução do processo. Isso encerra a ansiedade das mães que se preparam tanto para receber o filho”. Ela é mãe de seis crianças, das quais cinco foram adotadas.
Participaram do comitê de discussão a psicóloga Edilene Freire de Queiroz, professora e coordenadora-geral de Pesquisa da Unicap (Universidade Católica de Pernambuco); a juíza-corregedora Antonieta Lúcia Maroja (secretária da Comissão Estadual Judiciária de Adoção-CEJA); a presidente do EPSI, Ivone Vita; a coordenadora da 1ª Vara da Infância e Juventude, Maria de Fátima Cananéa; a psicóloga do setor de adoção do Juizado da Capital, Ana Francisca Paraguay e a advogada Walkyria Guimarães Miranda (especialista em Direito, Mediação e Psicanálise).
Por Gabriella Guedes