por Evandro da Nóbrega,

coordenador de Comunicação Social do Judiciário paraibano

 

 

A pesquisadora, escritora e estudiosa Maria Selma Pires Cartaxo, do município de São João do Rio do Peixe, enviou telegrama ao presidente do Tribunal de Justiça do Estado, desembargador Antônio de Pádua Lima Montenegro, agradecendo-lhe e manifestando o reconhecimento da comunidade são-joanense pela recente criação e implantação da Segunda Entrância naquela Comarca do Alto Sertão paraibano.

 

— Em termos de benefício, este seu gesto fortalece e engrandece nossa cidade e nossa região — diz um trecho do telegrama ao chefe do Poder Judiciário, que, a partir do dia 14 de março transacto, passou a ser Cidadão São-Joanense — Que a força de Cristo ressuscitado envolva todo o seu exemplo de vida, Senhor Desembargador, e o faça recair sobre nossa Sociedade, tão carente de valores e mudanças radicais.

 

O TELEGRAMA DE SELMA

É a seguinte a íntegra do telegrama enviado ao chefe do Poder Judiciário pela Sra. Maria Selma Pires Cartaxo:

 

“Agradecemos a Vossa Excelência, em forma de reconhecimento, pela criação Segunda Entrância esta Comarca.

 

Em termos de benefício, este seu gesto fortalece e engrandece nossa cidade e nossa região.

 

Que a força de Cristo ressuscitado envolva todo o seu exemplo de vida, Senhor Desembargador, e o faça recair sobre nossa Sociedade, tão carente de valores e mudanças radicais.

 

Muito nos honra o título que lhe foi conferido como Cidadão São-Joanense. Passamos assim a contar com um filho ilustre e com o testemunho de um cristão autêntico, que constitui a força de nossa caminhada da Igreja, que nasce nas fontes da justiça e de ternura de Deus.

 

Feliz Páscoa.

 

Atenciosamente,

Maria Selma Pires Cartaxo e família.”

 

QUEM É SELMA CARTAXO

Em seu livro Mulheres do Oeste, a historiadora Rosilda Cartaxo referiu-se da seguinte forma à escritora, pesquisadora e estudiosa Maria Selma Pires Cartaxo:

 

— [...] Esta realidade foi vivida na minha luta quando decidi escrever sobre as Mulheres do Oeste. Não fiz roteiro solitário. A busca do material levou-me a Selma, à paisagem de São João do Rio do Peixe, na minha "divinéia". Selma tem fascínio pelo passado, cria museus, entra na Imprensa falada e escrita, transpõe fronteiras, chegando aos mais distantes recantos do Brasil com mensagens, fazendo os outros felizes. Ela acostumou-se à realidade da pesquisa e sai de casa em casa, tirando dos baús de pregarias e álbuns das famílias as fotografias esmaecidas que, levadas às empresas de computação, foram devolvidas com tanta beleza que no livro vão fazer alguém chorar, ao ver reproduzido essas imagens das pessoas queridas.

 

E acrescentava Rosilda Cartaxo: “Selma fez ressurreição do passado. E, vivendo-o, chora a saudade daquele que muito amor lhe devotou — Cartaxo, o esposo sério, silencioso, responsável, cuja ausência é chorada a cada dia. É uma mulher que promove, ajudam os outros, de presença constante ao lado dos que precisam. Mãe abnegada, sua vida é de renúncia e de prece. Sai de seu silêncio para fazer os outros felizes. Casou-se com Francisco Cartaxo Fernandes, de quem teve duas filhas: Idalina Maria, professora, casada com André Fernandes, pais de um filho, de nome Igor; e Darlene Maria, funcionária pública, residente em João Pessoa. Realizei meu sonho, escrevendo Mulheres do Oeste, com a colaboração desta dinâmica mulher, que na vida tem um único desejo, ajudar, e ajudando ela cresce aos olhos de Deus. Selma, obrigada, você é grande!”

 

Em tempo: o livro Mulheres do Oeste, de Rosilda Cartaxo, saudosa integrante do IHGP (Instituto Histórico e Geográfico da Paraíba), homenageia dezenas de damas da sociedade que, em épocas passadas, mas não mui remotas, se destacaram pelos serviços prestados a suas comunidades, especialmente à sociedade de São João do Rio do Peixe e municípios da mesma região.