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Publicado em: 20/05/2024 - 10h49 Atualizado em: 20/05/2024 - 10h55 Tags: Caso Padre Egídio, Julgamento

Primeira audiência de instrução e julgamento do Padre Egídio tem início no Fórum Criminal de JP

O juiz titular da 4ª Vara Criminal da Comarca de João Pessoa, José Guedes Cavalcanti Neto, está presidindo a primeira audiência de Instrumento e Julgamento dos processos em que o padre Egídio de Carvalho é suspeito de envolvimento em um esquema de desvio de recursos e fraudes na gestão do Hospital Padre Zé, na Capital. A sessão teve início na manhã desta segunda-feira (20), no 4º andar do Fórum Criminal, com a análise de preliminares levantadas pela defesa do padre. Em seguida, serão ouvidas as testemunhas de acusação e da defesa.

De acordo com a assessoria da 4ª Vara Criminal, o investigado pode ser ouvido ainda nesta segunda, dependendo do desenrolar dos depoimentos. Ainda são investigadas as ex-diretoras do Hospital Padre Zé, Jannyne Dantas Miranda e Silva e Amanda Duarte da Silva Dantas (ex-tesoureira).

Conforme os autos, os atos ilícitos teriam sido desvio de verbas destinadas a programas sociais essenciais como distribuição de refeições a moradores de rua, amparo a famílias refugiadas da Venezuela, apoio a pacientes em pós-alta hospitalar, realização de cursos profissionalizantes, preparação de alunos para o Exame Nacional de Ensino Médio, cuidados a pacientes com Aids, entre outros. Além disso, as operações ilícitas teriam afetado gravemente o Hospital Padre Zé, comprometendo o atendimento a populações carentes e necessitadas.

Operação - A primeira fase da operação ‘Indignus’ foi deflagrada em outubro do ano passado, com a participação do Grupo de Atuação Especial Contra o Crime Organizado do Ministério Público do Estado da Paraíba (Gaeco/MPPB), da Polícia Civil, da Secretaria de Estado da Segurança e da Defesa Social (Seds), da Secretaria de Estado da Fazenda da Paraíba (Sefaz) e da Controladoria-Geral do Estado da Paraíba (CGE).

Inicialmente, a Operação foi instaurada para investigar a suspeita de um esquema de desvio de verbas do Hospital Padre Zé e o desaparecimento de mais de 100 celulares que tinham sido doados à Instituição, para que o dinheiro da venda dos produtos se revertesse em benefícios ao hospital.

Por Fernando Patriota

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