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Publicado em: 09/10/2024 - 16h45 Atualizado em: 10/10/2024 - 07h49 Tags: Castelo de Bonecas, VEP, Reeducandas

Projeto ‘Castelo de Bonecas’ deve ser implantado na Penitenciária de Luziânia (GO)

Projeto iniciado na Paraíba dá direito a remição de pena
Projeto iniciado na Paraíba dá direito a remição de pena

Considerado um dos principais projetos de reintegração social da Paraíba, o Projeto ‘Castelo de Bonecas’ deve ser implantado na Penitenciária do Município de Luziânia, Estado de Goiás. Uma parceria entre a Vara de Execução Penal (VEP) de João Pessoa e a Secretaria Estadual de Administração Penitenciária (Seap) viabilizaram a partilha do projeto. Uma equipe da Penitenciária de Reeducação Feminina Maria Júlia Maranhão está ensinando mulheres, privadas de liberdade de Goiás, como confeccionar as bonecas de pano, responsáveis por mudar a vida de muitas mulheres paraibanas.

Juíza Andréa Arcoverde - coordenadora do Projeto Castelo de Boneca
Juíza Andréa Arcoverde - coordenadora do Projeto Castelo de Boneca

Segundo a juíza da VEP da Comarca de João Pessoa e coordenadora do Projeto, Andréa Arcoverde, devido ao sucesso no Estado da Paraíba, como forte instrumento de reintegração social, o Castelo de Bonecas está sendo compartilhado com o Sistema Penitenciário de outro Estado. O projeto também está presente na Penitenciária Feminina de Campina Grande. O Castelo de Bonecas teve início em 2012 e as reeducandas trabalham em um ateliê montado na própria penitenciária, de segunda a sexta-feira, das 8h às 12h e das 14h às 17h, com direito de remição da pena.

A Vara de Execução Penal da Capital autorizou a viagem de uma reeducanda do regime semiaberto, ao Estado de Goiás, para ensinar a técnica de fabricação de bonecas de pano. Além do benefício de capacitação profissional, o projeto gera remição de pena, antecipando os prazos para retorno ao convívio social”, destacou a magistrada.

O Projeto Castelo de Bonecas tem o apoio do Tribunal de Justiça da Paraíba. O principal objetivo é a produção de bonecas artesanais, que podem ser conferidas e encomendadas através da página no Instagram @castelodebonecasjuliamaranhao. Atualmente, dezenas de reeducandas da unidade prisional atuam na confecção das bonecas.

A artesã goiana, Tânia Lima, foi responsável por repassar uma técnica de confecção de bolsas e acessórios a partir do cozimento de folhas do cerrado às artesãs paraibanas, que, por sua vez, repassaram a reeducandas do Júlia Maranhão, assim, o ‘Folhas da Paraíba’, projeto de reinserção social, com foco no empreendedorismo sustentável, em versão adaptada. Aqui as folhas de árvores típicas do Cerrado foram substituídas pelas do cajueiro e da pata-de-vaca.

O secretário de Estado da Administração Penitenciária, João Alves, destacou a importância do intercâmbio entre a Paraíba e Goiás e evidenciou por que o Castelo de Bonecas tem se consolidado como um projeto de grande repercussão. "É uma iniciativa importantíssima por dois motivos: o 'Castelo de Bonecas' busca a ressocialização e depois a profissionalização de mulheres que estão privadas de sua liberdade”, disse.

Por Fernando Patriota 

 

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