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Publicado em: 08/05/2020 - 14h13 Atualizado em: 08/05/2020 - 14h15 Tags: Infância e Juventude, Napsi, Apadrinhamento Infantojuvenil

Projeto ‘Meu Padrinho Legal’ promove contatos virtuais entre padrinhos e afilhados e faz campanhas solidárias

Com a situação emergencial da pandemia de coronavírus e a decretação de trabalhos remotos nas unidades do Poder Judiciário, foram suspensas muitas atividades presenciais do Projeto Meu Padrinho Legal, desenvolvido pelo Núcleo de Apadrinhamento Infantojuvenil (Napsi) da 1ª Vara da Infância e Juventude de João Pessoa. No entanto, o setor está mantendo contato com os padrinhos e madrinhas existentes e estes, também permanecem conectados virtualmente aos seus afilhados – crianças e adolescentes em situação de acolhimento.

A informação foi passada pela coordenadora do Napsi, Fernanda Satwa, ao acrescentar que, desde que as visitas e os passeios foram suspensos no final de março, os apadrinhamentos que já aconteciam permanecem através de redes sociais, telefone e videochamada. 

Instaurado em maio de 2017, por meio da Portaria nº 001/2017, o Projeto tem por objetivo proporcionar apoio e convivência familiar e comunitária a crianças e adolescentes acolhidos, maiores de 8 anos e/ou com deficiências física ou mental, por meio de apadrinhamento afetivo, financeiro, ou social.

O apadrinhamento financeiro envolve a disposição para custear atividades do afilhado, como escola, cursos, prática de esportes; o social contempla a prestação de serviços institucionais à criança ou adolescente, conforme especialização profissional, e o afetivo ocorre por meio da realização de visitas, passeios, criação de laços afetivos e de convivência familiar.

Atualmente, na Capital paraibana existem 79 cadastros ativos entre padrinhos sociais e afetivos, conforme atestou Fernanda. “Alguns realizam atividades nas instituições de forma coletiva, outros oferecem serviços como aulas de jiu-jítsu e reforço escolar. Há, ainda, os afetivos, que mantém um vínculo diretamente com uma ou mais crianças ou adolescentes”, explicou a coordenadora do Napsi.

Já o número de crianças apadrinhadas/amadrinhas da modalidade afetiva é de 15, com mais 10 no aguardo. Fernanda explicou que, na maioria das vezes, quando os acolhidos são reintegrados à família, o vínculo do apadrinhamento continua, porém, não mais pelo intermédio do Núcleo.

“Com a decretação de isolamento, não tivemos mais pedidos de cadastros. Porém, pouco antes disso, cinco pessoas ainda tiveram suas habilitações finalizadas, dos quais dois deles chegaram a participar de uma reunião ocorrida no início de março. Os outros três estão aguardando que as atividades voltem à normalidade para assinar os termos de compromisso e dar início às visitas às instituições”, revelou.

Campanhas – A coordenadora do Napsi informou que, recentemente, o setor desenvolveu uma campanha para arrecadação de cestas básicas, voltada ao auxílio das famílias de jovens que passaram pelo acolhimento institucional e foram reintegrados às suas famílias.

“Junto às equipes técnicas das instituições, fizemos um levantamento da demanda nas famílias que recentemente receberam seus filhos de volta, bem como dos que foram acolhidos, atingiram a maioridade e estão constituindo suas próprias famílias. A meta era conseguirmos 20 cestas básicas e, em uma semana, conseguimos quase o dobro, 39. Estas cestas foram entregues às famílias diretamente pelas equipes das instituições, que, pelo que preconiza o ECA, continuam fazendo o acompanhamento das mesmas por até um ano após a reintegração”, explicou a coordenadora.

Fernanda Satwa adiantou que uma nova campanha está sendo organizada, mas a equipe ainda está discutindo detalhes, pontos de coleta e outras informações, que deverão ser disponibilizadas em breve.

Para juiz titular da 1ª Vara da Infância e Juventude da Capital, Adhailton Lacet, as campanhas buscam minorar o sofrimento das crianças e adolescentes, que, neste momento, não estão podendo ter este contato físico direto em virtude do isolamento social. “Vamos continuar investindo nessas ações até que tudo se normalize e possamos, em breve, promover os encontros entre os afilhados e as madrinhas e padrinhos”, declarou. 

Os interessados em se tornar padrinhos ou madrinhas de crianças e adolescentes em situação de colhimento institucional devem entrar em contato com o Núcleo, através do e-mail napsitjpb@gmail.com ou pelo Instagram do setor @napsijoaopessoa.


Por Gabriela Parente / Gecom - TJPB

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