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Publicado em: 27/01/2020 - 14h44 Atualizado em: 27/01/2020 - 14h58 Comarca: Campina Grande Tags: Operação Trunfo da Rainha

Réu condenado no caso da Operação Trunfo da Rainha tem pena mantida pela Câmara Criminal

Um dos condenados no caso da Operação Trunfo da Rainha, que investigou a atuação de uma organização criminosa (Orcrim) voltada para o tráfico de drogas e outros delitos em Campina Grande, teve a pena de quatro anos mantida pela Câmara Criminal do Tribunal de Justiça da Paraíba. Trata-se de João Paulo Gabriel da Silva, conhecido como “Papaulo” ou “Rabicó”, apontado como um dos principais “aviões” na distribuição de drogas da Orcrim.

A defesa do acusado interpôs a Apelação Criminal nº 0012235-16.2016.815.0011 contra a condenação em 1º Grau, sob o argumento de que teria havido infringência ao Princípio da Correlação, já que outros dois corréus (Ewerton da Silva Brasileiro e Diego Andrade de Lima) foram absolvidos, neste processo, do delito de Organização Criminosa. 

O relator do processo foi o desembargador Ricardo Vital de Almeida. Em seu voto, ele observou que a denúncia foi ofertada contra 12 réus e o processo foi cindido para a sua melhor tramitação. Acrescentou que o fato de dois dentre os 12 denunciados terem sido absolvidos não desconfigura a existência de uma Organização Criminosa. “Até porque, sobejam provas nas interceptações telefônicas que evidenciam a atuação do apelante junto ao grupo criminoso, formado por bem mais do que quatro integrantes”, afirmou.

Conforme narrado na denúncia do Ministério Público e no relatório das investigações policiais, a Orcrim é voltada para a prática de diversos delitos, de forma contínua e orquestrada, dentre eles, tráfico ilícito de entorpecentes, comércio ilegal de armas e munições, crimes patrimoniais contra pessoas físicas e instituições financeiras (explosões a bancos).

Ainda segundo as investigações, o réu João Paulo Gabriel da Silva é apontado como um dos principais “aviões” na distribuição de drogas da Orcrim, principalmente para “Ataíde” (réu Flávio Gomes Sampaio – um dos líderes da organização, traficante com grande movimentação na região do Bairro Jardim Continental, na cidade de Campina Grande. Possui, também, forte ligação com “Clodô” (réu Clodoaldo Costa Barbosa – o responsável por angariar as armas e munições para Orcrim). Exercia a função de motorista de mototáxi como disfarce para a atividade ilícita. Além da distribuição de objetos ilícitos, praticava roubos à pedestres e estabelecimentos.

Ao desprover o recurso em harmonia com o parecer do MP, o desembargador-relator decidiu, “ex offício”, fixar o valor do dia-multa em 1/30 (um trigésimo) do salário mínimo vigente à época do fato.

Da decisão cabe recurso.

Por Lenilson Guedes/Gecom-TJPB

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