Sede do Núcleo de Justiça Restaurativa de Campina Grande deve ser inaugurada em março
Um grupo de trabalho do Tribunal de Justiça da Paraíba, coordenado pelo Desembargador Oswaldo Trigueiro do Valle Filho, esteve no Complexo da Infância e Juventude da Comarca de Campina Grande, para inspecionar o andamento das obras do local onde funcionará a Sede do Núcleo de Justiça Restaurativa (Nejure), prevista para ser inaugurada em março. Com mais essa ação, o TJPB sinaliza a observância à Resolução nº 225/2016, do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), que dispõe sobre a Política Nacional de Justiça Restaurativa no âmbito do Poder Judiciário nacional.
Oswaldo Trigueiro destacou que a instalação do Nejure tem total apoio do Presidente do TJPB, Desembargador Saulo Henriques de Sá e Benevides. “Esse apoio é fundamental para o processo de efetivação da Justiça Restaurativa em nosso Estado. Outro fator indispensável para a instalação do Núcleo é ter um ambiente propício, com um grupo de pessoas engajadas nesse segmento da Justiça, como os magistrados Perilo Lucena, Hugo Zaher e Ivna Mozart.
Perilo Lucena é juiz titular da Infância e Juventude de Campina de Campina Grande; Hugo Zaher Perilo Lucena é juiz auxiliar da mesma unidade judiciária; e Ivna Mozat juíza do 3º Juizado Auxiliar Cível da 2ª Circunscrição daquela Comarca.
Segundo a magistrada, a ambientação da Sede do Nejure é um importante passo para a concretização do que está previsto na Resolução nº 23/21 do Tribunal de Justiça da Paraíba, normativo que criou o órgão de macrogestão da Justiça Restaurativa no âmbito do TJPB. “A sede, que será instalada no mesmo prédio onde funciona a Vara da Infância e Juventude de Campina Grande, será um ambiente acolhedor e informal, onde os usuários do Sistema de Justiça possam ser recepcionados e se sintam à vontade para expressar suas necessidades”, comentou Ivna Mozart.
O que é? - Justiça Restaurativa é um método que busca, quando possível e apropriado, realizar o encontro entre vítima e ofensor, assim como eventuais terceiros envolvidos no crime ou no resultado dele, com o objetivo de fazer com que a vítima possa superar o trauma que sofreu. Esse método é aplicado em infrações de menor e maior potencial ofensivo. Consiste em reuniões mediadas por um facilitador entre vítima, ofensor e comunidade. É da vítima o papel de decidir onde, quando e qual a duração de cada reunião.
Por Fernando Patriota