TJPB reforça ações de prevenção ao câncer de mama e de colo do útero durante o ‘Outubro Rosa’
Outubro é um mês dedicado à conscientização da sociedade sobre a prevenção ao câncer de mama. No Brasil, o Instituto Nacional de Câncer (Inca) escolheu com tema da campanha Outubro Rosa ‘Saúde da mulher: desafios e perspectivas para o controle do câncer’. Todos os anos, o Tribunal de Justiça da Paraíba se engaja à campanha e, em 2024, a Gerência de Qualidade de Vida (Gevid), definiu uma programação com foco na prevenção do câncer de mama e de colo do útero, para trabalhar com magistrados(as) e servidores(as) do TJPB e ajudar a conter as estatísticas de casos e mortes causadas por esse tipo de doença.
Segundo dados do Inca, só este ano, 70 mil pessoas serão diagnosticadas com o câncer de mama, que matou 18.139 mulheres, em 2022. O câncer do colo do útero, por sua vez, é o segundo tipo mais comum entre as mulheres no mundo, depois do câncer de mama, e a principal causa de morte por câncer entre mulheres em muitos países. No Brasil, é o terceiro tumor mais incidente na população feminina, com 17 mil novos casos por ano, no triênio 2023-2025.
Já o câncer de mama ocupa a primeira posição em mortalidade por câncer entre mulheres e tem sua prevenção, diagnóstico e tratamento disponíveis no Sistema Único de Saúde (SUS). Historicamente, o TJPB não mede esforços para orientar magistrados(as), servidores(as) e colaboradores(as) do Poder Judiciário estadual, como toda a sociedade, sobre a importância da prevenção desses dois tipos de câncer.
De acordo com a gerente da Gevid-TJPB, Valéria Beltrão, durante os atendimentos todos os profissionais que atuam na Gerência de Qualidade de Vida vão usar a camisa do Outubro Rosa da campanha do Hospital Laureano. “O Poder Judiciário estadual sempre prestigiou as ações desenvolvidas pelo Hospital, que é referência no tratamento do câncer e doenças do sangue”, disse a gerente. Também ficou definido que a Gevid vai promover, no dia 16 deste mês, uma palestra com o tema ‘Cuidando de Quem Cuida’, com a médica Vânia Carmem Lisboa, que faz parte da equipe da Gevid.
Também está agendado para este mês, em parceria com o Fórum da Infância e Juventude da Comarca de João Pessoa, um debate sobre a saúde da mulher, envolvendo fisioterapeutas e nutricionistas, com abordagens integrativas terapêuticas, que têm como objetivo prevenir agravos à saúde, a promoção e recuperação da saúde, enfatizando a escuta acolhedora, a construção de laços terapêuticos e a conexão entre ser humano, meio ambiente e sociedade.
A importância do diagnóstico precoce - Em novembro de 2023, durante exames de rotina e de imagem de mama, a supervisora da Auditoria Interna do Tribunal de Justiça da Paraíba, Juliana Agra, foi diagnosticada com um nódulo com aparência de malignidade. Após realizar biópsia, fui conformada que ela estava com câncer de mama do tipo carcinoma tubular invasivo, considerado raro.
“Sou uma cristã católica praticante e a minha fé me faz acreditar, como dizia minha mãe, que nos desertos passamos pela poda da tesoura de Deus. Voltei meu olhar para o Céu e entreguei minha vida, minha saúde e pedi pela minha cura. O acompanhamento psicoterápico, além da fisioterapia e nutrição especializadas em oncologia, foram essenciais para me preparar para o diagnóstico, intervenção cirúrgica e outras etapas que sucederam e que continuarão pelo período de cinco anos”, revelou Juliana.
Segundo ela, o diagnóstico mudou completamente seus hábitos e estilo de vida. Orientada por uma nutricionista oncológica, Juliana adotou uma nutrição voltada para alimentos ricos em proteína, antioxidantes e antiinflamatórios, além de suplementação de vitaminas e passou a fazer atividade física, rigorosamente, três vezes na semana.
“Sigo em acompanhamento médico com mastologista, oncologista, ginecologista e endocrinologista. Costumo dizer que tenho a melhor equipe médica me acompanhando. O mais desafiador nessa jornada é enfrentar os efeitos colaterais do tratamento, como um todo, e não apenas medicamentoso. Fisioterapia oncológica, nutrição oncológica, consultas, exames e despesas extras têm me acompanhado diariamente. Nesse momento, percebo o quanto a psicoterapia tem me ajudado com os gatilhos de ansiedade, de forma que tenho conseguido administrar cada coisa no tempo certo”, disse Juliana.
A servidora do TJPB lembrou da importância de sua mãe, durante um dos momentos mais difíceis que enfrentou na vida. “Minha mãe faleceu há nove anos, o que faz com que eu, meu filho, meu pai, minhas irmãs e meus sobrinhos vivamos coma uma teia, apoiando uns aos outros, de forma incondicional. Meu esposo esteve comigo desde o momento que abri a biópsia, passando pela intervenção cirúrgica e sessões de fisioterapia oncológica e radioterapia”, relembrou.
Mensagem – Ao final de seu relato, Juliana deixou uma mensagem para as mulheres: “sejam prioridade, façam exames de rotina, anualmente, e não confiem que estão blindadas por não terem histórico familiar. Os estudos apontam que na grande maioria das mulheres, diagnosticadas com câncer de mama, não há influência genética. Se cuidem, sejam vigilantes, o diagnóstico precoce salva vida”, destacou.
Por Fernando Patriota com informações do Inca