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Publicado em: 19/12/2022 - 15h50 Tags: Infância, Adoção, Produtividade

1ª Vara da Infância e Juventude da Capital capacita 191 pessoas para adoção em 2022

Juizado da Infância e Juventude de João Pessoa

Levantamento divulgado pela equipe da 1ª Vara da Infância e Juventude da Comarca de João Pessoa registra uma produtividade com números expressivos alcançados em 2022. Em três edições do Curso Preparatório de Pretendentes à Adoção 191 pessoas participaram (69 em março, 74 no mês de abril e 48 na edição de dezembro).

Também no período, foram realizadas 51 adoções, concluídas 47 habilitações, estando oito crianças em processo de adoção pelo Sistema Nacional de Adoção (SNA). Atualmente existem 235 pretendentes ativos de João Pessoa, cadastrados no SNA.

Ainda segundo os dados, a unidade judiciária promoveu audiências concentradas nos meses de abril, envolvendo 97 casos de crianças e adolescentes em situação de acolhimento, e outubro, no qual discutiram a situação de 86 acolhidos em estabelecimentos institucionais da Capital. No Programa Acolher, que trabalha com a entrega voluntária de crianças para adoção, foram acompanhados cinco casos.

O juiz titular da 1ª Vara da Infância e Juventude da Capital, Adhailton Lacet explicou que, ao longo deste ano, a unidade buscou desenvolver um trabalho abrangendo além do cumprimento das medidas processuais específicas, uma ação extra Fórum, caracterizada por ações sociais, de viés humanitário. O magistrado citou as visitas às instituições de acolhimento para o contato direto com crianças e adolescentes em situação de vulnerabilidade.

 

Juiz da Infância, Adhailton Lacet

Adhailton Lacet informou que, ao longo de 2022, estiveram em escolas e universidades explicando sobre direitos e deveres do público infantojuvenil, orientaram aos pais sobre o abuso e a exploração sexual de crianças e adolescentes. Ele pontuou, do mesmo modo, que trabalharam especialmente, a questão do apadrinhamento infantil, de forma a conscientizar e incentivar as pessoas para que pudessem se capacitar e conhecer a realidade das crianças que aguardam a oportunidade de serem apadrinhadas.

“Foi um ano muito produtivo, em que pese ainda resquício da pandemia que nos atingiu, cerceando um pouco desse trabalho, mas mesmo assim, nos reinventamos através da tecnologia, com audiências semipresenciais ou totalmente a distância e buscamos reorganização. Atualmente estamos atendendo de forma presencial”, ressaltou o titular da 1ª Vara da Infância e Juventude, realçando que o objetivo para 2023 é retomar a campanha para a adoção: “Não resista ao amor, adote!”, em parceria com a imprensa.

Para a analista judiciária, psicóloga Miucha Lins Cabral a atuação da equipe interdisciplinar do NAPEM (Núcleo de Apoio da Equipe Multidisciplinar), da 1ª Circunscrição, apresentou excelentes resultados voltados aos jurisdicionados e à sociedade.

“Isso porque, ao longo dos últimos anos, as demandas foram se somando, assim como a área de cobertura da nossa atuação, e, desde então, temos nos desdobrado para atender não só às matérias que já tínhamos expertise, como buscado capacitação para abarcar todas as novas que nos foram delegadas, com esforços hercúleos, resiliência e dedicação. A sensação é do dever cumprido”, enfatizou a psicóloga.

Por sua vez, a chefe do Napem da 1ª Circunscrição, Fernanda Sattva destacou a importância do trabalho em equipe, por promover um olhar subjetivo e multidisciplinar ao atendimento às demandas da Infância e Juventude, conforme o que está disciplinado no Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA). “Os saberes da pedagogia, serviço social e psicologia permitem a escuta e o atendimento de forma integral aos jurisdicionados, que envolvem crianças, adolescentes, familiares e pretendentes a adoção, por exemplo”, frisou.

Por Lila Santos

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