Conbrascom: profissionais da comunicação se unem para aproximar o cidadão do Poder Judiciário
Durante três dias, profissionais das assessorias de comunicação do Poder Judiciário, Ministério Público estaduais e federais, Defensorias e Associações do Brasil reuniram-se em Porto Velho-RO para debater sobre o papel do assessor e o uso das novas tecnologias. O VI Congresso Brasileiro de Assessores de Comunicação da Justiça também contou com a participação do conselheiro Nelson Tomaz Braga, da comissão de Relacionamento Institucional e Comunicação do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), presidentes de tribunais da região e juízes.
A Carta de Porto Velho reforça a necessidade do engajamento para a validade do diploma de jornalismo para exercício da profissão. Neste contexto, foi ressaltado que a qualificação profissional das assessorias dos órgãos públicos, deve ser formada por pessoas habilitadas nas diversas áreas da comunicação social: Jornalismo, Radialismo, Relações Públicas, Publicidade e Designer.
Ficou registrado, na Carta, o esforço para a melhoria da relação entre o setor de comunicação e de tecnologia da informação, devendo haver a integração dessas áreas, principalmente para o desenvolvimentos dos sites institucionais e da rede interna (intranet).
Estas defesas têm o objetivo de garantir um trabalho de qualidade, aproximando a população do Judiciário. Os congressistas chegaram a conclusão que sem uma equipe plural, isto não é possível, pois para levar informação à sociedade é necessário utilizar-se dos diversos meios de comunicação existentes. Todos os itens do documento têm respaldo na Resolução 85/2009 do CNJ, que representou um avanço na definição de uma política de comunicação do Judiciário, prevendo, inclusive, dotações orçamentárias para as ações (parágrafo único do art. 5º).
O uso das novas tecnologias pelas assessorias foi apresentado pelo conferencista Ivo Correa, diretor de Políticas Públicas e Relações Governamentais do Google Brasil, na abertura do evento. “A internet permite uma interação que não é possível em outros meios. E o perfil do público da rede exige o vínculo, devendo as assessorias ficarem atentas à manutenção dos canais criados”, ressaltou Ivo Correa, ao explanar sobre o controle dos dados de acessos e perfis que a rede mundial de computadores permite.
Já o conselheiro Nelson Tomas Braga asseverou sobre a importância da comunicação para os assessorados. “Os tribunais e juízes se constituíam como ilhas, e isso está mudando a partir da conscientização sobre o alcance e retorno social de uma publicidade bem feita. Temos que atender ao princípio da transparência utilizando as ferramentas que realmente atraem a população. E esta visão só pode ser trazida por profissionais competentes”, afirmou.
A coordenadora de Comunicação Social do Tribunal de Justiça da Paraíba, Cristiane Rodrigues, que esteve presente ao Conbrascom, junto com os jornalistas Fernando Patriota e Gabriella Guedes, disse que o Congresso foi de grande relevância para os assessores, pois permitiu a troca de experiências, principalmente no que se refere aos trabalhos que são desenvolvidos pelos órgãos da Justiça. “Serviu, também, para ampliar as discussões acerca do rumo da comunicação no Judiciário”, considerou.
Fórum Nacional de Comunicação & Justiça - Entidade promotora do Conbrascom, é uma instituição de direito privado, sem fins lucrativos, e foi fundado no dia 27 de março de 2002, ao final do III Encontro Nacional dos Assessores de Comunicação do Poder Judiciário e Ministério Público, realizado em Alagoas.
O objetivo do Fórum é ampliar o debate sobre a comunicação na Justiça, envolvendo juízes, procuradores, promotores, jornalistas, publicitários, organizações governamentais e não-governamentais, bem como a sociedade civil, de forma a construir organizações onde a comunicação esteja a serviço do cidadão.
São membros efetivos do Fórum todos os assessores de comunicação que estiverem trabalhando nas assessorias de comunicação dos órgãos do Poder Judiciário e Ministério Público. São membros colaboradores juízes, jornalistas, procuradores, promotores de Justiça, pesquisadores e professores universitários. Fonte: http://www.conbrascom.org/fncj.php
Por Gabriella Guedes