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Publicado em: 26/04/2010 - 12h00 Tags: Geral, Legado

Encontro no TJPB apresenta programa para lidar com crianças e adolescentes acolhidos em instituições na PB

Teve início, na tarde desta segunda-feira (26), no auditório Alcides Carneiro, do Tribunal de Justiça da Paraíba, o encontro do Grupo Pró Convivência Familiar e Comunitária. O evento foi conduzido por técnicas do Instituto Fazendo História, entidade não-governamental de São Paulo. A ideia é compartilhar experiências com os profissionais que lidam diretamente com as crianças e adolescentes assistidos sob a modalidade de acolhimento institucional, no Estado.

A palestra foi aberta pelo juiz da 1ª Vara da Infância e Juventude da Capital, Fabiano Moura de Moura, às 14h. Segundo o magistrado, o desejo do grupo é que as políticas a favor da criança e do adolescente sejam feitas em rede. “Pensamos em implementar esse programa, que recebeu no ano passado, no Brasil, o prêmio Abrinc, e tem o patrocínio da Unicef. Nós pensamos em facilitar esse momento, e o Poder Judiciário é um dos facilitadores, para que todos os abrigos tenham acesso e implementem, na sua realidade, o projeto Fazendo Minha História”, disse o juiz.

A presidente do Instituto Fazendo Minha História, Cláudia Vidigal, foi a responsável por apresentar a ação ao público e falar sobre as experiências bem sucedidas. “O objetivo é resgatar e registrar a história de vida das criança e adolescentes que estão acolhidos nas instituições, e que eles possam, então, ter mais consciência do tipo de futuro que eles querem construir”, disse Vidigal.

Ela falou, também, sobre a implementação do projeto em João Pessoa. “Estamos trazendo uma biblioteca com livros infantis, álbuns e atividades de registro. Hoje, estamos tendo um encontro com toda a rede de acolhimento. Na quarta-feira, será com todos os educadores das três casas pioneiras, para então fazer a formação para todos os educadores. Além disso, teremos o encontro com os colaboradores voluntários, ou seja, é um programa massivo de capacitação de adultos para trabalhar com história de vida e registro”, disse.

Segundo Cláudia, o grande desejo de quem faz o Fazendo Minha História é quebrar o ciclo de violência,  de abandono e negligência, para que as crianças e os adolescentes possam repensar a sua própria história e ter novas escolhas. A presidente disse, ainda, que a criança deve ser ouvida, observada e convidada a participar do processo de acolhimento, e o projeto pretende ser mais uma ferramenta para assegurar os direitos das crianças e adolescentes. De acordo com ela,  60 abrigos já fazem parte da rede, que está presente nos estados de São Paulo (de onde é originário), Rio de Janeiro, Maranhão, Paraná e agora na Paraíba.

Fabiano Moura de Moura falou, ainda, da importância do projeto para as crianças e adolescentes envolvidos. “É significativo, porque faz com que a criança mantenha os seus vínculos e tenha um desenvolvimento saudável. Seja na oportunidade da volta para sua família biológica, ou seja numa colocação para uma família substituta. Em suma, é o cuidado todo especial que nós estamos tendo com as crianças institucionalizadas e abrigadas, as respeitando, como sujeitos de direito”, explicou.

Estavam presentes no encontro dirigentes de instituições que lidam com crianças e adolescentes, representantes de ONGs, do Ministério Público e de conselhos tutelares. Depois da apresentação, foi feita uma dinâmica de grupo para um maior contato com os pormenores do projeto e às 17h houve o encerramento.

ECA - Materializado na Lei Complementar nº 8.069 de 13 de julho de 1990, o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) é um instrumento de efetivação de direitos da criança e do adolescente, que determina, ainda, a forma de atuação das entidades governamentais e não-governamentais assim como a política de atendimento desses direitos. O Estatuto completa 20 anos de existência em 2010.

Da Coordenadoria (com colaboração do estagiário Ramon Costa)

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