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Publicado em: 24/09/2013 - 20h43 Atualizado em: 24/09/2013 - 20h50

Exposição sobre o caso da “Negra Gertrudes” recebe visita de desembargadores e de historiador

A exposição sobre o caso emblemático da 'Negra Gertrudes Maria', que está ocorrendo no Museu e Cripta Epitácio Pessoa, do Tribunal de Justiça da Paraíba, recebeu nesta terça-feira (24) a visita dos desembargadores Marcos Cavalcanti, Joás de Brito Pereira e José Ricardo Porto. A exposição, que está integrada ao evento nacional denominado 7 Primavera de Museus, promovido pelo Instituto Brasileiro de Museus, foi visitada também pelo historiador Humberto de Melo.

O tema escolhido pelo Museu do Tribunal de Justiça revela a bravura da Negra Gertrudes, escrava paraibana que recorreu à Justiça para não ser vendida em praça pública, como pagamento de uma dívida. A exposição foi aberta na segunda-feira (23) e será encerrada na tarde desta quinta-feira (26).

A 7 Primavera dos Museus está ocorrendo em quase todos os museus brasileiros e o tema deste ano é: “Museus, memória e cultura afro-brasileira”. Cada museu inscrito está expondo um caso histórico, que tenha a ver com o tema principal do evento.

No caso particular do Museu do Tribunal de Justiça da Paraiba, o público que vir à exposição vai ter a oportunidade de conhecer detalhes do processo da Negra Gertrudes, com texto e imagens que serão expostos através de painéis, inclusive com ilustrações do artista plástico Flávio Tavares. Um folder com a história do processo na Justiça da Negra Gertrudes está sendo distribuído aos visitantes.

O Caso - A escrava Gertrudes, paraibana, alforriada, travou batalha judicial durante 14 anos para evitar que fosse vendida ilegalmente. Com cerca de 30 anos, Gertrudes Maria não quis ser vendida em praça pública e, para que isso não acontecesse, travou uma guerra judicial pela própria liberdade.

Na luta jurídica, que durou de1828 a 1842, Gertrudes teve que enfrentar poderosos como o carmelita Frei João da Encarnação e o Sr. José Francisco das Neves. Para isso, a escrava contou com a amizade de advogados bastante prestigiados na capital paraibana. Naquela época, não era comum às mulheres ou aos homens escravizados contratarem advogados ou serem representados por eles.

Gecom – Valter Nogueira

 

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