Inscrições para curso sobre letramento racial voltado ao Poder Judiciário já estão abertas
Magistrados(as) e servidores(as) do Poder Judiciário interessados em participar do curso sobre Letramento Racial já podem efetuar a inscrição. O treinamento contará com aulas a distância, síncronas, de 5 de novembro a 12 de dezembro, das 14h às 17h. Ao todo, serão seis aulas expositivas, totalizando 18 horas/aula, além de 20 horas de atividades. O curso é promovido pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ), por meio do Centro de Formação e Aperfeiçoamento de Servidores do Poder Judiciário (Ceajud).
O juiz auxiliar da Vice-presidência do Tribunal de Justiça da Paraíba, Ely Jorge Trindade, explicou que a capacitação faz parte do Pacto Nacional para a Equidade Racial, ao qual o TJPB aderiu e tem também procurado promover ações afirmativas que atendam às determinações do referido plano.
“É um curso que tem uma boa condição de acessibilidade, porque são aulas síncronas que podem ser acessadas de qualquer lugar e tem em seu quadro ministrantes de elevado conhecimento e de elevada qualificação. De modo que entendemos importante a participação de todas as magistradas, magistrados, servidoras e servidores que tiverem oportunidade, porque trará também de um benefício e aprimoramento ao conhecimento e também ao trabalho dos integrantes do Tribunal de Justiça da Paraíba”, realçou o magistrado.
Inscreva-se no curso sobre Letramento Racial
Programação - A juíza auxiliar da Presidência do CNJ Wanessa Mendes de Araújo vai ministrar a primeira aula do treinamento, uma introdução ao processo de construção social e histórico de raça e racismo e suas implicações sobre a condição de pessoa negra na sociedade brasileira contemporânea. A exposição também observará aspectos conceituais de raça, racismo, branquitude e colorismo e de interseccionalidade com marcadores de desigualdades.
As aulas tratarão ainda dos seguintes temas: “A hermenêutica negra, discriminação, violência e assédio racial”; “As múltiplas formas de ocorrência do racismo, a exemplo do interpessoal, estrutural, organizacional, institucional, religioso e recreativo, algorítmico e os impactos de estereótipos e vieses”; “A atenção à infância e juventude sob a perspectiva racial”; “Saúde mental da população negra”; “Intolerância em relação a religiões de matriz africana”; “Racismo e o sistema de justiça e o julgamento com perspectiva racial”; e “O papel das ações afirmativas na promoção da equidade racial nos espaços públicos”.
O curso atende às determinações do Pacto Nacional do Judiciário para Equidade Racial, ao qual aderiram todos os tribunais brasileiros. No Eixo II, o pacto prevê a desarticulação do racismo institucional, a partir de ações de formação inicial e continuada de magistrados em questões raciais e ações de prevenção e combate à discriminação racial no Judiciário.
Por Nice Almeida com informações do CNJ