Lei Maria da Penha é levada à comunidade evangélica de Jaguaribe
A palestra abordou dados sobre a violência doméstica no Brasil, na Paraíba; as formas de combate, prevenção, assistência e proteção às mulheres; tipos de violência (física, moral, sexual, psicológica, patrimonial) e formas de denunciar.
O evento contou ainda com a participação da presidente da Comissão de Direitos da Mulher da Assembleia Legislativa do Estado, deputada Daniela Ribeiro, e presidente da Comissão da Mulher da Câmara municipal, vereadora Elisa Virgínia. Ambas passarão a contribuir com o “Mulher merece Respeito”, levando para o ciclo de palestras as leis, no âmbito estadual e municipal, que existem em favor das mulheres.
“É importante que as pessoas conheçam estas leis para que possam cobrar a aplicação efetiva. Também vamos aproveitar o ciclo de palestras para levar os trabalhos da Comissão de Mulheres”, informou a deputada Daniela. Em sintonia, a vereadora Elisa concordou que muitas leis ficam engavetadas porque a sociedade não sabe que elas existem.”Vamos participar da disseminação destas informações, porque a sociedade padece por falta de conhecimento”, argumentou a vereadora.
Para a magistrada Rita de Cássia, as igrejas podem ser uma forte aliada no combate à violência doméstica. “Através de estudos, vejo que há muita violência doméstica nas igrejas de todos os segmentos religiosos e isso me causou uma preocupação. Quero difundir a Lei nestes espaços e templos, onde se concentram muitas pessoas, de idades variadas, diversas classes sociais e econômicas”.
Ela falou ainda que o momento foi oportuno, visto que os as escolas, onde o projeto costuma acontecer, se encontram em recesso.O pastor da Assembleia de Deus e presidente daquela Igreja, José Carlos de Lima, agradeceu a oportunidade e disse que aguardará próximas edições do evento, para que as informações cheguem a mais fiéis. “Precisamos dirimir estes abusos cometidos contra a mulher e com este objetivo, nós também realizamos trabalhos de encontro de casais e de jovens com Cristo. O projeto é excelente e espero que seja abrangente a todos os evangélicos”, afirmou.
A evangélica Maria Lima da Silva saiu do evento satisfeita com o resultado. “Gostei porque aprendemos bastante sobre a Lei Maria da Penha, que a gente costuma ouvir falar. Foi muito construtivo para cada um de nós, principalmente para nós mulheres”, avaliou.
Atendimento local – No local, em sala particular, é oferecido atendimento e escuta, com psicólogo e assistente social, para que as pessoas possam conversar, relatar casos de violências vivenciadas e tirar dúvidas. Desde que o serviço passou a ser oferecido, nas últimas três palestras, a procura tem aumentado, como informou a psicóloga da Vara de Violência Doméstica, Rozeneide Lourenço.
Gecom - Gabriela Parente