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Publicado em: 23/05/2025 - 15h08 Atualizado em: 23/05/2025 - 20h34 Tags: Nejure, Formação de Facilitadores, Círculo de Construção de Paz

Nejure conclui mais um Curso de Formação de Facilitadores em Círculo de Construção de Paz

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Nejure tem difundido a cultura da paz da Justiça Restaurativa

O Núcleo Estadual de Justiça Restaurativa (Nejure) do Tribunal de Justiça da Paraíba (TJPB) concluiu, nesta semana, o Curso de Formação de Facilitadores em Círculo de Construção de Paz. A formação foi realizada em duas etapas, sendo a primeira teórica, que aconteceu no período de 12 a 16 de maio, na Escola Superior da Magistratura (Esma), em João Pessoa.

Já a segunda fase, prática, transcorreu de 19 a 22, nas cidades de Remígio e Algodão de Jandaíra.

A formação contou, também, com a participação de cadetes do Curso de Formação de Oficiais (CFO) do Corpo de Bombeiro e de alunos do Curso de Formação de Soldado da Polícia Militar, segundo informou a magistrada Ivna Mozart, juíza-coordenadora adjunta do Nejure.

De acordo com a magistrada, o convite aos militares ocorreu no sentido de incluí-los na formação para compor os círculos de construção de paz na modalidade de círculo de diálogo para vivenciar essa lógica restaurativa circular.

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Alunos da PM participaram do curso na Esma, em João Pessoa

A magistrada destacou que a parceria do Núcleo de Justiça Restaurativa e as forças policiais já vem de longa data. “As corporações policiais são terreno fértil para a difusão da cultura de paz. Nesta etapa, realizamos círculos com policiais e bombeiros militares em formação, o que é, antes de tudo, estratégico, para que desde o ingresso na corporação o sujeito já possa conhecer a cultura da não violência”, explicou a juíza Ivna Mozart.

A juíza Ana Amélia Andrade Alecrim Câmara também participou da formação. A magistrada comentou que participar do Curso de Formação de Facilitadores de Círculos de Paz promovido pelo Nejure do TJPB foi uma experiência transformadora.

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Participantes do curso Círculo de Construção de Paz

“Vivenciei um verdadeiro processo de humanização, vertente tão cara para o Poder Judiciário. As vivências oriundas do curso com a participação de integrantes do Corpo de Bombeiros e Polícia Militar foram edificantes e não só ampliaram meu estado de consciência, mas despertaram fortemente o desejo de disseminar as práticas restaurativas dentro e fora do Judiciário. O curso uniu teoria e prática com excelência!”, disse a juíza.

A magistrada acrescentou: “O Nejure do TJPB, através deste curso, não apenas ensina técnicas, ele forma agentes de paz. Parabéns ao Nejure! Sou imensamente grata pela oportunidade de fazer parte desta formação. Guardo a convicção de que, com a aplicação de práticas restaurativas, é possível contribuir para uma mudança social concreta, trazendo esperança e dignidade a quem busca um novo caminho para suas vidas”.

A experiência foi, ainda, comentada por militares, a exemplo do cadete Anjos (Rinaldo Anjos), do Curso de Formação de Oficial (CFO) e de Nathalia Soares Ramalho Domingo, aluna do Curso de Formação de Soldado.

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O cadete Rinaldo classificou a experiência como enriquecedora. “A experiência com as práticas restaurativas foi extremamente enriquecedora, pois nos permitiu refletir mais profundamente sobre nossa vida, abordar temas relevantes e compreender a visão do outro, contribuindo para a construção de um ambiente mais empático. Todos esses aprendizados se tornam valiosas ferramentas para a resolução de conflitos, seja no âmbito pessoal, na vida profissional ou no serviço público oferecido à população”, afirmou.

Já a aluna Nathalia Soares comentou a troca de experiências. “Experienciar as práticas restaurativas foi um momento de profunda troca ao proporcionar o compartilhamento de memórias afetivas e experiências significativas, promovendo um verdadeiro exercício de empatia, acolhimento e reflexão. Foi uma vivência enriquecedora, que reforçou a importância do equilíbrio emocional e da escuta ativa no processo de formação do policial militar, destacando o papel fundamental dessas competências na construção de uma atuação mais humanizada e eficaz”, afirmou a aluna.

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Participantes da formação ocorrida em Remígio

Remígio – No que diz respeito à vivência prática nos municípios de Remígio e Algodão de Jandaíra, a juíza Ivna Mozar explicou que o fato de o estágio supervisionado ser realizado no local onde será implantado o Centro de Justiça Restaurativa reflete o propósito do Nejure de privilegiar a comunidade desde o nascedouro do centro. “Conhecer a realidade local é essencial para bem desenvolver os trabalhos”, acrescentou a magistrada.

Em Remígio, as atividades foram realizadas em unidades de ensino, a exemplo da Escola Antônio Carneiro, com a presença de autoridades locais, tais como o prefeito Cláudio Régis; a secretária de Desenvolvimento Social, Katalina Dantas; a secretária de Educação, Roseluce dos Santos Souza; a juíza Juliana Dantas; e a promotora Ana Grazielle.

“Vivi uma experiência única e transformadora. Tivemos a oportunidade de envolver mais de 100 alunos do 9º ano em um processo profundo de escuta, empatia e diálogo. Para mim, foi um momento marcante - não apenas por colocar em prática os conhecimentos adquiridos, mas, principalmente, pela vivência com os estudantes. Ver como eles se envolveram e participaram ativamente desse processo restaurativo me trouxe ainda mais certeza da importância dessa iniciativa. Seguimos firmes na construção de uma cultura de paz, diálogo e justiça restaurativa em Remígio. Que orgulho fazer parte dessa transformação!”, exclamou Roseluce, secretária de Educação de Remígio.

Algodão de Jandaíra – Sobre a prática em Algodão de Jandaíra, vale destacar o depoimento de Arlene Nicolau, cursista da formação de círculos de construção de paz, ela participou enquanto coordenadora pedagógica e professora. Ao falar da experiência, assim ela se pronunciou: “O curso é muito importante e de grande valia”, comentou.

A professora Isabel Santos de Oliveira, secretária de Educação do município, também se manifestou ao término da formação: “Fomos convidados pelo Nejure para participamos de duas semanas de formação de Cultura de Paz e Justiça Restaurativa, a primeira semana no em João Pessoa, no Esma, a segunda semana em Remígio realizado estágio como facilitadores. A Justiça Restaurativa é uma maneira de restaurar um dano causado através de um conflito instaurado, onde o ofensor, a vítima e a comunidade possa dialogar buscando a compreensão mútua e promovendo a responsabilização, saindo dos moldes tradicionais da culpa. A formação é de grande valia para fortalecer o nosso município de Algodão de Jandaíra na construção de uma sociedade justa e igualitária”.

Por Valter Nogueira

 

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