Palestra em escola fecha ações do mês de março do ‘Mulher Merece Respeito’
Para encerrar o mês da mulher, alunos da Escola Municipal de Ensino Infantil e Fundamental Professor Luiz Mendes de Pontes, no Bairro do Cristo Redentor, em João Pessoa, tiveram a oportunidade de ouvir explicações sobre a violência doméstica, através do projeto “Justiça em seu bairro: Mulher Merece Respeito”, do Tribunal de Justiça da Paraíba (TJPB). O encontro aconteceu na manhã desta quarta-feira (30), e reuniu diretores, professores e mães de estudantes.
Um outro encontro acontecerá na noite do dia 31, na escola, e será voltado para os alunos da Educação de Jovens e Adultos (EJA) e moradores do bairro.
A juíza Rita de Cássia Andrade, titular da Vara da Violência Doméstica e Familiar contra a Mulher da Capital, disse que esse encontro deve-se ao encerramento das atividades do mês de março, desenvolvidas pelo TJPB, coordenadoria da mulher e o Juizado Especial de Violência Doméstica e Familiar contra a Mulher.
“Tivemos inicialmente a campanha “Justiça pela paz em casa”, que aconteceu entre os dias 7 e 11, onde foram julgados com êxito 530 processos. Agora, encerramos o mês da mulher com a atividade do projeto “Justiça em seu bairro: Mulher Merece Respeito”, com o objetivo de divulgar a Lei Maria da Penha e formar uma nova consciência na sociedade sobre os direitos da mulher e os benefícios que essa Lei trouxe”, declarou a juíza Rita de Cássia.
A magistrada afirmou ainda querer continuar esse trabalho. “O mês de março acabou, mas seguiremos por todo o ano desenvolvendo a atividade. Pois, além de trabalhar no combate à violência, através do processo penal, queremos também desenvolver a prevenção, já que é por meio da educação e conscientização que conseguiremos diminuir os índices de violência à mulher em nossa Estado, capital, município e, quem sabe, no país inteiro.“
A magistrada abriu os trabalhos e proferiu palestra sobre o tema em questão e, em seguida, abriu espaço para que os participantes pudessem tirar dúvidas.A diretora da Escola, professora Maria Cilene Lopes Clemente, disse que a empreitada do Tribunal em levar conhecimento à população sobre a Lei Maria da Penha é “excelente”, e que espera que os alunos se tornem propagadores da não-violência em sua casa e comunidade.
“Organizamos palestras ao decorrer do ano, e uma dessas seria sobre violência doméstica, já que sabemos que é um tipo de violência que acontece em nossa comunidade. Esperamos que ela proponha a criação do clima de paz no lar. Que seja criada uma conscientização nos alunos e a prevenção para que esse tipo de crime não volte a repetir”, disse a professora Maria Cilene.
Já para o vice-diretor da escola, professor Carlos Alberto, a iniciativa do Tribunal é de grande valia e importância. “Sabemos que a linguagem jurídica é uma linguagem muito complexa, e quando a justiça vem ao povo, através de palestras em escolas, universidades e comunidades, ela facilita o entendimento e traz informações que as pessoas não têm, principalmente em relação ao tema da violência contra a mulher, onde há conhecimento de que em nosso país é um fato e vem se agravando com frequência”, finalizou o professor Carlos Alberto.
Por Laíse Santos (estagiária)