População ainda confia no Judiciário, afirma Gilson Dipp
Ao final da audiência pública, que durou quase 5h, o presidente do Tribunal de Justiça da Paraíba, desembargador Luiz Silvio Ramalho Júnior, disse estar imensamente feliz com a presença do ministro Gilson Dipp, pelo fato da equipe do CNJ ter chegado no início da sua gestão para detectar as falhas a serem corrigidas. “Esse é o nosso propósito e tenho certeza que vamos conseguir, pois temos excelentes magistrados e servidores e acima de tudo vontade de acertar. Queremos ser um Tribunal de vanguarda”, concluiu o presidente.
O corregedor-geral da Justiça, desembargador Abraham Lincoln da Cunha Ramos, fez uma explanação dos trabalhos que vem sendo desenvolvidos e disse que dará total apoio ao Tribunal na busca das melhorias. “Pela primeira vez, em cem anos de fundação, estamos sendo inspecionados e tenho certeza que vamos resolver os problemas aqui apresentados, para que os jurisdicionados tenham confiança e credibilidade em relação ao Judiciário estadual”, ressaltou o corregedor.
Representando a Associação dos Magistrados Brasileiros (AMB), o juiz Marcos Coelho de Salles, defendeu a criação de estruturas democráticas no âmbito do Poder Judiciário, como o orçamento participativo com juízes e servidores. Se dirigindo ao presidente do TJPB, garantiu que a Associação apoiará as suas decisões, a exemplo da contratação da Fundação Getúlio Vargas, que proporcionará uma melhor dinâmica administrativa.
O ministro Gilson Dipp, ao final, disse que “essas audiências públicas talvez sejam a manifestação mais cristalina do que ocorre com o cidadão, que nunca teve a oportunidade de ser ouvido. Muitas vezes, presidente, a gente ouve o que não quer, mas isso faz parte do diálogo. O Judiciário estava nesse Brasil, em boa parte do seu seguimento, encastelado. Nós não sabíamos que a demanda social por transparência, por eficácia, por celeridade era tão grande.”.
Ele enfatizou, ainda, que é preciso o Judiciário ocupar o seu espaço. “Numa democracia tenra, ainda como a nossa, se nós não ocuparmos o nosso espaço, alguém ocupará por nós. Todas essas manifestações, mais os 152 atendimentos que foram feitos por escrito nesses dois dias, demonstram que o cidadão ainda confia no Judiciário.”.
Da Coordenadoria