A presidente do Tribunal de Justiça da Paraíba, desembargadora Fátima Bezerra Cavalcanti, vai apresentar, nesta quarta-feira (17), durante a sessão do Pleno, uma proposta de voto de aplauso para a jornalista Rosa Furtado, viúva do ex-ministro da Economia, o paraibano Celso Furtado.

A desembargadora informou, pessoalmente, sua iniciativa a doutora Rosa Furtado, que esteve na Academia Paraibana de Letras, na manhã desta terça-feira (16.09), participando de um encontro com membros da APL e outros intelectuais. Numa conversa informal, ela revelou que é a “herdeira testamental” dos arquivos do economista Celso Furtado e que já editou 12 livros após a morte dele.

Rosa Furtado está na Paraíba desde domingo (14.09), cumprindo uma extensa programação organizada pelo Fórum Universitário da UFPB, Secretaria Estadual de Cultura, Universidade Estadual da Paraíba e Universidade Federal de Campina Grande. Como herdeira intelectual, ela está difundindo o pensamento político e econômico de Celso Furtado, através de reedição de livros e palestras.

A obra mais recente é o sexto livro intitulado Os anos de Formação (1938/48),de uma série temática.

A presidente Fátima Bezerra Cavalcanti observou que o economista Celso Furtado já foi homenageado pelo TJPB, mas que agora era a vez de Rosa receber um voto de aplauso pelo brilhante trabalho intelectual que vem desenvolvendo, compartilhando os bens culturais que herdou do marido.

O presidente da Academia Paraibana de Letras, Damião Cavalcanti, ressaltou a importância da presença de Rosa Furtado na APL, considerando o “momento histórico”, já que o auditório da entidade tem o nome do escritor e economista paraibano Celso Furtado.

CURRÍCULO

Rosa Freire D’Aguiar Furtado é carioca e jornalista. Repórter da revista Manchete nos anos 70, correspondente em Paris das publicações da editora Bloch e da revista IstoÉ, nos anos 70 e 80, quando estendeu seu trabalho a Espanha, Portugal e Oriente Médio. Desde 1986 trabalha no mercado editorial, tendo traduzido do francês, espanhol e italiano cerca de cem títulos de autores como Lévi-Strauss, Louis-Ferdinand Céline, Vargas Llosa, Ernesto Sabato, Balzac, Calvino, Stendhal, George Pérec, Michel de Montaigne, Pierre Bourdieu. Recebeu entre outros prêmios o Jabuti de tradução em 2009 e o União Latina de Tradução Científica e Técnica em 2001; é autora de “Mémória de Tradutora”(2004); editora, entre outros, da “Edição comemorativa de formação econômica do Brasil”, de Celso Furtado (2009), de “Essencial Celso Furtado” (2012). Criou e dirige desde 2008 a coleção Arquivos Celso Furtado, pela qual já publicou seis livros , sendo o mais recente “Anos de Formação 1938-1948” (2014). É presidente do Conselho Deliberativo do Centro Celso Furtado.

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