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Publicado em: 11/03/2013 - 19h02 Atualizado em: 12/03/2013 - 13h41

Presidente do Tribunal de Justiça da Paraíba lamenta falecimento do desembargador federal Paulo Gadelha

A presidente do Tribunal de Justiça da Paraíba, desembargadora Fátima Bezerra Cavalcanti, lamentou o falecimento do desembargador federal Paulo Gadelha, ocorrida nesse domingo (10), no Hospital Santa Joana, na cidade do Recife, onde estava internado desde o último dia 4, recém-aposentado do Tribunal Regional Federal da 5ª Região – TRF5. “Foi uma perda irreparável para a magistratura brasileira e para a literatura. Fisicamente, não é mais possível o convívio entre nós, entretanto, sua história permanecerá porque ele já era um imortal da Academia Paraibana de Letras”

O desembargador tinha 70 anos e lutava há cinco anos contra um câncer no pulmão. O velório está sendo realizado no edifício-sede do TRF5 e o sepultamento será nesta segunda-feira (11), às 16h, no cemitério Morada da Paz, em Paulista, no Grande Recife.

O desembargador ingressou no TRF-5 em 2001, por meio do quinto constitucional da Ordem dos Advogados do Brasil. Nesta Corte, exerceu as funções de presidente da 3ª Turma, entre os anos de 2003 e 2005, vice-presidente no biênio 2007-2009 e presidente da 2ª Turma, cargo que exerceu de 2011 até sua aposentadoria compulsória. Presidente do TRF-5, o desembargador Paulo Roberto de Oliveira lamentou a morte de Gadelha.

Paulo de Tasso Benevides Gadelha nasceu no município de Sousa (PB), em 19 de setembro de 1942. Filho de José de Paiva Gadelha e Miriam Benevides Gadelha, estudou no Ginásio Diocesano de Patos (PB), no Colégio Padre Félix (PE) e na Faculdade de Direito da Universidade Federal da Paraíba, onde bacharelou-se em Ciências Jurídicas e Sociais, em 1966. Dentre as atividades desenvolvidas na área jurídica, destacam-se as atuações na Procuradoria Jurídica da Prefeitura de São José da Lagoa Tapada (PB), na vice-presidência do Instituto de Magistrados de Pernambuco, na presidência da Associação Regional de Juízes Federais (REJUFE), na diretoria de assuntos jurídicos da Associação de Juízes Federais (Ajufe) e como membro suplente do Conselho da Justiça Federal (CJF).

Em fevereiro de 1975, ingressou na Assembleia Legislativa da Paraíba como deputado estadual, lugar onde legislou até 1983. Em função da sua atuação cidadã, foi escolhido seis vezes como um dos cinco melhores deputados daquela Assembleia, pela bancada de imprensa. Em 2003, recebeu o título de Cidadão do Recife e, recentemente, foi-lhe outorgado o título de Cidadão de Pernambuco, reconhecimento que não pôde receber em função da doença. Era, ainda, membro da União Brasileira de Escritores (UBE-PE), da Associação da Imprensa de Pernambuco (AIP) e da Academia Paraibana de Letras, onde ocupava a cadeira de nº 23.

O desembargador emérito tinha 10 livros publicados, entre eles “Além da Censura, Discursos” (A União Cia. Editora, João Pessoa, 1981), "Do Sigilo Bancário" (Banco do Nordeste do Brasil, 1987), “A Rosa e a França, Crônicas” (Banco do Nordeste do Brasil, 1990), “Temas de Direito Internacional Público - Vol. I” (Editora Universitária, João Pessoa, 1999), “História das Constituições Brasileiras” (Gráfica Marcone, Campina Grande, 2003), “Amor à Palavra” (TRF da 5ª Região, Recife – Pernambuco, 2004), “Varsóvia Revisitada e outros ensaios” (EBGE, Recife, 2005) e “História Política de Sousa” (1945-2004). Também colaborava, semanalmente, com alguns dos jornais mais importantes do Nordeste, entre eles Diario de Pernambuco, Correio da Paraíba e Correio de Sergipe.

Gecom/genesio sousa

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