Presidentes de TJs divulgam Carta de Belém e a desembgardora Fátima Bezerra é signatária do documento
Documento resume decisões do 99º Encontro Presidentes aprovam redação final da Carta de Belém
A preisdente do Tribunal de Justiça da Paraíba, desembargdora Fátima Bezerra Cavalcanti, é signatária da 'Carta de Belém', divulgada ao final do 99º Encontro do Colégio Permanente de Presidentes de Tribunais de Justiça do Brasil, encerrado neste sábado, 7, em Belém (PA). O documento destaca quatro preocupações básicas dos tribunais estaduais, que respondem por cerca de 70% das demandas ajuizadas no País.Os pontos principais do documento tratam do fortalecimento do 1º grau do judiciário, da independência orçamentária e financeira dos tribunais de Justiça, da remuneração dos magistrados, e das regras de promoção e remoção de magistrados, considerando-se o respeito às especificidades locais.
O Encontro do Colégio de Presidentes de TJs do Brasil debateu, entre os dias 5 e 7, temas relacionados à necessidade de valorizar a magistratura no Brasil, dar maior celeridade aos processos e aproximar os serviços do judiciário do cidadão, incluindo a implantação do Processo Judicial Eletrônico (PJE) em todos os tribunais do Brasil. O próximo encontro de presidentes ocorrerá em Salvador (BA), nos dias 25, 26 e 27 de setembro, e o último encontro do ano está marcado para o início de dezembro, em São Paulo.
Carta de Belém - O documento final do encontro reafirma a importância da aprovação da Emenda Constitucional nº 63 na Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania do Senado Federal e a necessidade de manter a coesão de todos os segmentos do Poder Judiciário na luta pela valorização da Magistratura como carreira de Estado. A carta também manifesta preocupação com as Resoluções n.ºs 194 e 195 do Conselho Nacional de Justiça (relacionadas à Política de Atenção Prioritária ao Primeiro Grau de Jurisdição), diante da suas complexidades e da dificuldade de implantá-las dentro dos prazos fixados. Outra decisão do encontro citado na Carta de Belém é criação de Grupos de Trabalho, integrados por Presidentes de Tribunais de Justiça, para promover estudos técnicos que resultem na formulação de políticas capazes de equacionar as questões da autonomia orçamentária e financeira dos Tribunais de Justiça. A carta reitera ainda preocupação com as regras sobre promoção e remoção de magistrados, “considerando ser essencial o respeito às especificidades locais”.
Veja - leia - a íntegra da Carta de Belém:
99º ENCONTRO DO COLÉGIO PERMANENTE DE
PRESIDENTES DE TRIBUNAIS DE JUSTIÇA DO BRASIL
CARTA DE BELÉM
O Colégio Permanente de Presidentes de Tribunais de Justiça do Brasil, reunido na cidade de Belém, capital do Estado do Pará, ao final de seu 99º Encontro, no período de 05 a 07 de junho de 2014, divulga, para conhecimento público, as seguintes conclusões aprovadas por unanimidade:
1 - Estabelecer a criação de Grupos de Trabalho, integrados por Presidentes de Tribunais de Justiça, com o objetivo de promover estudos técnicos que resultem na formulação de políticas capazes de equacionar as questões relacionadas com a autonomia administrativa, orçamentária e financeira dos Tribunais.
2 – Reafirmar a importância da aprovação da Emenda Constitucional nº 63 e a necessidade de manter a coesão de todos os segmentos do Poder Judiciário na luta pela valorização da Magistratura como carreira de Estado.
3 – Manifestar preocupação com as Resoluções n.ºs 194 e 195 do Conselho Nacional de Justiça, diante da complexidade dos assuntos nelas tratados e da dificuldade de implantação nos prazos fixados, proclamando a imperiosa necessidade de adiamento de suas vigências.
4 –Reiterar, nos termos da Carta de Gramado, a preocupação com os regramentos sobre promoção e remoção de magistrados, considerando essencial o respeito às especificidades locais e evitar a burocratização do processo.
Belém do Pará, 07 de junho de 2014
Des. Milton Augusto de Brito Nobre
Presidente do Colégio Permanente de Presidentes de
Tribunais de Justiça do Brasil




