Produção Hidropônica do ‘Projeto Hortas para a Liberdade’ será inaugurada em Sapé
Uma solenidade, no dia 16 de julho, a partir das 10h, marcará a inauguração da implantação da Produção Hidropônica do ‘Projeto Hortas para a Liberdade’, no Presídio Regional de Sapé, cidade localizada no Brejo paraibano. O cultivo das hortas hidropônicas é executado por reeducandos do sistema prisional.
O evento é resultado do sucesso do projeto, fruto de parceria entre a Vara de Execução Penal (VEP) da Comarca e a Secretaria de Estado da Administração Penitenciária (Seap), por meio da Gerência Executiva de Ressocialização. O objetivo é a educação profissionalizante e a ressocialização de pessoas privadas de liberdade.
Representando o Poder Judiciário estadual irão participar da solenidade o juiz auxiliar da Vice-presidência do Tribunal de Justiça da Paraíba, Ely Jorge Trindade, e o juiz titular da VEP de Sapé, Anderley Ferreira Marques.
O juiz Ely Jorge Trindade comentou que o projeto segue a filosofia da recuperação decorrente da Execução Penal, na medida em que proporciona aos reeducandos a produção de uma atividade que exige criatividade, disciplina e conhecimento.
“Habilidades necessárias e úteis à socialização pretendida. Além disso, se caracteriza também como uma atividade produtiva, que traz um incremento e um benefício para a economia do município e região. Merece todo o nosso reconhecimento o trabalho desenvolvido pelo Poder Judiciário e a Administração Penitenciária”, disse.
Para o magistrado Anderley Marques será um momento de celebração com a inauguração do espaço. Ele ressaltou as dificuldades enfrentadas na área da Execução Penal, especialmente a questão dos recursos materiais para assegurar a ressocialização de pessoas privadas de liberdade, salientando que o ‘Hortas para a Liberdade’ representa a possibilidade de um olhar diferenciado na Execução Penal.
“Ficámos muito felizes pelo resultado do projeto, que além de ser realmente revolucionário, sabemos que tem um impacto positivo em toda esta cadeia. O judiciário recebe muitos projetos voltados à ressocialização, e uma iniciativa como esta, que não requer muitos recursos, aproveita pouco espaço de uma unidade prisional, assegura o trabalho e o retorno de um alimento com qualidade, é motivo de felicidade”, exaltou o juiz Anderley Marques.
Por Lila Santos