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Publicado em: 02/09/2013 - 17h04

Quatro casos de repercussão irão a júri popular neste mês de setembro na Capital

O 1º Tribunal do Júri da Capital realizará neste mês de setembro 16 sessões de julgamento, sendo quatro de repercussão estadual: Caso Ariane; Caso Itó Morais; Caso Aluízio Henrique de Lucena; e o julgamento do ex-delegado de Rio Tinto, Charles Gomes Pereira Júnior, acusado de assassinato e ocultação de cadáver.

No dia 18 de setembro, irá a júri popular Roberto Marx Pereira dos Santos acusado de matar, no dia 30 de setembro de 2011, o estudante Aluízio Henrique Silva Cordeiro de Lucena, de 20 anos, ao invadir uma casa em Mangabeira, onde se encontrava a vítima. Aluízio era o principal acusado de matar Marx Nunes Xavier, de 25 anos, no dia 8 de agosto de 2011, na praia do Jacaré, em Cabedelo, quando este tentava defender um homossexual de uma agressão praticada por Aluízio e um outro amigo.

Já o Caso Ariane está pautado no 1º Tribunal do Júri para o dia 19 de setembro. O estudante Luiz Paes de Araújo Neto irá a julgamento acusado pelo assassinato da estudante Ariane Thais Carneiro de Azevedo, 22 anos. A jovem foi encontrada morta, no dia 15 de abril de 2010, na BR-230, próxima à via Oeste, no sentido Bayeux-João Pessoa. De acordo com os autos, Luiz Paes foi visto conversando com Ariane e saiu com ela de carro horas antes da jovem ser assassinada. Ariane estaria grávida do acusado.

Também neste mês será levado a novo julgamento Milton Cirilo da Silva Júnior, último acusado da morte do ex-prefeito de Santa Luzia, Airton Pereira de Morais (Itó Morias), e do motorista João Ribeiro dos Santos. No primeiro julgamento, Milton foi absolvido. No entanto, a Câmara Criminal do Tribunal de Justiça acolheu uma apelação do Ministério Público e determinou a realização de um novo júri.

Itó Morais e seu motorista João Ribeiro foram assassinados no dia 26 de maio de 2002, com vários tiros de revólver disparados por dois pistoleiros, quando retornavam de uma festa. Eles foram emboscados na entrada da chácara “Gabriela”, onde residia o ex-prefeito da “Capital do Vale do Sabugy”. As investigações realizadas pela Polícia Federal culminaram com a prisão de implicados que faziam parte de uma ‘gang’. Um dos primeiros a ser preso e recambiado para João Pessoa foi o ex-vice-prefeito Antônio Cesarino, citado como um dos mandantes.

Já foram a julgamento Edmilson Nunes Paredes, o “Ninão”, que em 2007 foi condenado a 28 anos de reclusão pelo Tribunal do Júri Popular de João Pessoa, o empresário Joacil Jairo, Everaldo Domingos de Oliveira, Luciano Tavares, José Antonio de Carvalho e Linaldo Dantas, este último apontado como intermediário dos contatos com os pistoleiros.

Por fim, será julgado pelo 1º Tribunal do Júri da Capital o ex-delegado comissionado do Estado, Charles Gomes Pereira Júnior, e outros homens acusados de homicídio qualificado e ocultação do cadáver de Nelson Correia e Maria Correia Lima da Costa. De acordo com o processo, Charles, na qualidade de delegado de polícia da Baía da Traição, e seus subordinados, se dirigiram até o estabelecimento comercial do senhor Nelson Correia. Depois de arrombarem uma das janelas, os acusados prenderam Nelson, sob a acusação de tráfico de maconha.

Na delegacia, Charles Gomes Pereira Júnior passou supostamente a extorquir Nelson Correia, exigindo a quantia de R$ 1.000,00 para libertá-lo. No entanto, Nelson acabou sendo morto. Conforme a sentença de pronúncia, no dia 22 de junho de 2003, o ex-delegado teria ordenado aos seus subordinados - araques de polícia - que matassem Maria da Costa e também ocultassem seu cadáver. Ela foi executada por ter ouvido toda a conversa da extorsão. A vítima, segundo um dos acusados, foi morta e deixada em um canavial.

Gecom - Eloise Elane

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